Estacionar em local proibido é uma das infrações de trânsito que mais prejudica a população como um todo. Afinal, todo mundo sabe o transtorno que é caminhar em uma calçada obstruída por um veículo, querer sair da garagem de casa e ter um carro estacionado no portão, ou ainda ter que encarar um longo estacionamento em virtude das filas duplas que são muito comuns nas ruas de Belém.
Para coibir este tipo de prática, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém iniciou nesta quarta-feira uma operação de fiscalização contra o estacionamento irregular. Mais do que uma ação isolada, este trabalho contínuo pretende conscientizar condutores para que respeitem as regras de trânsito.
“Fiscalizar estacionamento irregular é um trabalho que faz parte da rotina dos agentes, mas a partir de agora vamos fazer isso como uma ação sistemática ampliada, para que a população veja que há um trabalho de combate ao estacionamento irregular e comece a fazer apenas o que manda a legislação. Não é uma operação secreta, não queremos flagrar ninguém, nem remover nenhum veículo, ao contrário, a intenção é que, no futuro, a gente passe e não tenha mais ninguém cometendo a infração”, explica Pedro Paulo Oliveira, coordenador de operação de trânsito da Semob.
No primeiro dia de operação, a equipe formada por quatro agentes da Semob, dois guinchos e homens da Guarda Municipal para dar segurança, seguiram pela travessa Dom Pedro, em frente à Praça Brasil, Bernal do Couto, ao lado da Faculdade de Medicina, avenida Generalíssimo Deodoro, Nazaré, Magalhães Barata, Alcindo Cacela, Gentil Bittencourt, 9 de Janeiro, José Malcher e Praça da República.
Entre as principais infrações flagradas, muitos veículos estacionados sobre calçadas, em área de parada de ônibus e áreas sinalizadas exclusivamente para embarque e desembarque. Até o final da manhã cerca de 50 carros foram autuados e sete deles removidos ao pátio da Semob, na travessa Padre Eutíquio.
“Os proprietários que apareceram durante a operação foram apenas autuados e puderam levar os veículos. Só removemos ao pátio aqueles cujos donos não foram localizados”, pontua Pedro Paulo.
“Eu sempre aviso para as pessoas não estacionarem aqui, mostro a placa de embarque e desembarque. Algumas ouvem e retiram o carro, levam para outro lugar. Outras empinam o nariz e não estão nem aí. Está aí o resultado: um monte de carro guinchado”, disse Telma Souza, proprietária de uma lanchonete localizada em frente ao Hospital Amazônia, na 9 de Janeiro.
Texto: Esperança Bessa
Foto: Samdy Mendes/ Comus
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)