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Falta de atenção é a principal causa de acidentes de trânsito em Belém, aponta relatório de 2021 e 2022

A falta de atenção é a principal causa de sinistros no trânsito, em Belém. No ranking das cinco principais causas de ocorrências, na capital paraense, figuram ainda, a manobra irregular, excesso de velocidade, desrespeito à preferencial e frear bruscamente.

O ano de 2021 fechou com um total de 10.315 sinistros, dos quais, 116 óbitos. Já 2022, foram 10.399 ocorrências e desses 142 pessoas morreram. Essas informações reforçam a constatação do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), em nível nacional, que 90% dos sinistros ocorrem por falha humana.

Os dados são do Relatório Estatístico de Sinistros de Trânsito do Município, produzido pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), a partir de informações repassadas pelo Departamento de Trânsito do Pará (Detran), e foram apresentados pelo setor de estatísticas da Semob, durante a abertura da programação da Prefeitura de Belém, alusiva ao Maio Amarelo 2023.

Principais vítimas são motociclistas

O estatístico da Semob, Diego Brandão, chamou atenção para a principal vítima no trânsito, que são os motociclistas. Apesar de ter havido uma queda de ocorrências, entre 2021 (3.399) e 2022 (2.906), houve um aumento nos casos de mortes.

Em 2021 foram 55 óbitos e em 2022, 70 motociclistas perderam a vida no trânsito, em Belém. Um crescimento de 27,27%. Daí a importância desse movimento de conscientização para a preservação da vida, a partir condutas seguras no trânsito.

Já os pedestres ficam em segundo lugar. Houve um aumento de 301 para 356 de um ano para o outro, em ocorrências, e de 33 para 38, em mortes, seguidos por sinistro envolvendo o passageiro, que apesar do aumento de ocorrências, caiu a quantidade de mortes. Os ciclistas figuram em quarto lugar e o condutor em quinto.

Condutas Seguras – Diante desses dados, a Semob reforça a necessidade de adotar comportamentos seguros no trânsito, como respeitar os limites de velocidade, não dirigir sob efeito de álcool ou drogas, usar o cinto de segurança, cumprir as leis de trânsito e estar atento às condições das vias.

Segundo preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), a segurança no trânsito é uma responsabilidade de todos, não apenas dos motoristas, mas também de pedestres, ciclistas e motociclistas. O respeito pelas leis de trânsito e a adoção de comportamentos seguros ao utilizar as vias públicas são imprescindíveis para evitar e reduzir sinistros de trânsito, lesões e mortes.

Essas orientações foram reforçadas pela equipe de educação para o trânsito da Semob, na programação alusiva ao Maio Amarelo 2023, que se estendeu até o dia 31 de maio.

Arte para educação no trânsito

Nessas ações, agentes de Educação para o Trânsito e arte-educadores da Semob fazem abordagens e distribuição de material educativo, orientam pedestres, ciclistas e condutores (motocicleta e carro), visando a conscientização e adoção de condutas seguras no trânsito, onde os mais fortes possam proteger os mais vulneráveis.

E que cada um respeite o espaço do outro no trânsito. São ações desenvolvidas o ano inteiro, contemplando também escolas levando informações sobre segurança para o trânsito direcionadas ao público infantil.

Programa Vida no Trânsito – Os sinistros e mortes no trânsito ainda são uma realidade alarmante no Brasil e os reflexos recaem na saúde. Segundo o Ministério da Saúde, anualmente, ocorrem cerca de 40 mil mortes no trânsito. Além disso, muitas pessoas sofrem lesões graves ou permanentes. O impacto não afeta apenas a vida delas, mas também de suas famílias e da sociedade como um todo.

Em Belém, a Secretaria Municipal de Saúde trabalha com o Programa Vida no Trânsito, do Ministério da Saúde. Segundo Elisa Silva, o Programa é direcionado pelo Guia Vida no Trânsito (2017). O PVT visa atuar na notificação, análise e tratamento de dados, para direcionar intervenções em nível municipal, estadual e nacional para reduzir os riscos de sinistros de trânsito e minimizar os óbitos relacionados a este agravo.

Texto:

Rosangela Gusmao

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