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Mudanças no trânsito melhoram a mobilidade urbana em Belém

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Ao longo dos anos, um dos principais objetivos da Prefeitura de Belém tem sido melhorar a mobilidade urbana no município e, para alcançar esta meta, uma série de projetos de mobilidade foram idealizados e executados pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). Entre os projetos que mais se destacaram na atual gestão está o de ampliação da malha cicloviária municipal, saltando de 68,4 para 109,8 quilômetros entre os anos de 2013 e 2020, um crescimento significativo, que estimula a utilização desse modal de transporte na cidade.
Além de ampliar a malha cicloviária, o objetivo da administração municipal foi interligar as faixas já existentes, pois até então Belém possuía ciclovias e ciclofaixas isoladas, sem conexões entre si. A partir das interligações, permitiu-se que ciclistas pudessem se deslocar pela cidade com facilidade por meio de uma ciclorrota.
Entre as implantações mais recentes, a cidade ganhou dois quilômetros de ciclofaixa na travessa Vileta, indo da rua Antônio Everdosa à avenida João Paulo II, dentro do projeto do binário das travessas Vileta e Humaitá; mais um quilômetro de nova ciclovia na avenida Bernardo Sayão; 638 metros da ciclofaixa Ver-o-Rio, que interliga a travessa Dom Romualdo de Seixas, entre avenida Pedro Álvares Cabral e rua Marechal Hermes, seguindo na Marechal Hermes até a Doca; e 250 metros de ciclofaixa na nova rua Belém.
Também houve a implantação de mais de 3,5 quilômetros de ciclofaixa na avenida Dr. Freitas, partindo da Pedro Álvares Cabral e chegando a até importantes avenidas, como Duque de Caxias, Almirante Barroso e João Paulo II.
Paraciclos – As iniciativas da Semob para melhorar o deslocamento dos ciclistas não se restringiram ao aumento da malha cicloviária. O superintendente da Semob, Gilberto Barbosa, destaca outras importantes medidas executadas nos últimos anos. Em uma parceria público-privada, em 2018 foram instalados 16 paraciclos em pontos de grande fluxo de ciclistas, como o Ver-o-Peso e o Portal da Amazônia. Também nesta gestão foi criado o grupamento de agentes ciclistas, agentes de trânsito que trabalham exclusivamente para garantir que as ciclofaixas estejam livres para o trânsito das bicicletas.
“Investir em ciclomobilidade não é apenas aumentar o número de ciclovias e ciclofaixas, mas também criar um ambiente favorável ao uso da bicicleta e o investimento se justifica pelos números de usuários desse modal de transporte, que só aumenta ano a ano”, destaca Gilberto.
Binários – Para melhorar e dar mais fluidez ao trânsito da capital, a Semob executou uma série de projetos viários em alguma das principais vias da cidade. Os projetos contemplaram a implementação de binários, que ocorre quando duas vias que são paralelas e têm sentido duplo adotam sentidos únicos e opostos.
A primeira alteração ocorreu em 2015, com a implantação do binário das travessas Lomas Valentinas e Angustura. Em 2018 ocorreu a conclusão do binário da Vileta e Humaitá e, por fim, a conclusão do binário da travessa Djalma Dutra com a rua Curuçá, em 2020. As ações foram executadas em parceria com as Secretarias Municipais de Urbanismo (Seurb), de Saneamento (Sesan) e de Meio Ambiente (Semma), que realizaram obras de reorganização de canteiros, calçadas e de sinalização que com baixo custo geraram grandes efeitos na melhoria do tráfego.
De acordo com o diretor de trânsito Semob, Marcos Chagas, a parceria com as secretarias municipais foi muito importante para dar prosseguimento aos projetos. “O principal objetivo dessas mudanças foi de melhorar o fluxo de vias que já não comportavam mão dupla e, consequentemente, também dar mais fluidez às principais rotas da cidade que impactavam diretamente em suas transversais, mas os benefícios são sentidos em toda a extensão dos binários e seu entorno”, destaca Chagas.
Ele prossegue: “A circulação em algumas dessas vias já estava ficando impraticável naquele formato anterior, já que em muitas delas haviam estabelecimentos como hospitais, supermercados, escolas, lojas, postos de combustível e academias, e a mudança era necessária para que o tráfego se tornasse mais seguro e menos conflituoso”.
Alterações – Outras ações importantes executadas pela Semob foram a mudança de sentido em parte da travessa Padre Eutíquio e da avenida Dr. Freitas. Na Padre Eutíquio, a alteração ocorreu entre as avenidas Bernardo Sayão e Alcindo Cacela, e se mostrou necessária para acompanhar o fluxo de todo o restante da via e adaptá-lo à alta demanda de veículos que passaram a circular no local desde a entrega das obras de duplicação da Bernardo Sayão.
Na Dr. Freitas, a mudança ocorreu no trecho compreendido do final da travessa Perebebuí em direção à avenida Almirante Barroso. Lá, os principais objetivos foram de aumentar o escoamento de veículos e diminuir o congestionamento na área, sobretudo em virtude do aumento no fluxo de carros na avenida João Paulo II após a liberação de trânsito no prolongamento da via.
Semáforos – Outro importante investimento na segurança no trânsito em Belém foi a modernização do sistema semafórico do município. Mais de 32 cruzamentos semaforizados receberam painéis com contadores regressivos, proporcionando aos condutores uma maior noção do tempo restante para mudança de sinal.
A instalação dos equipamentos se iniciou em 2019 nos cruzamentos da avenida Almirante Barroso com a travessa da Estrella, seguido da rua Antônio Barreto com avenida Visconde de Souza Franco, avenidas Generalíssimo Deodoro com Nazaré e travessa Quintino Bocaiúva com avenida Braz de Aguiar. Além disso, uma parceria com uma empresa privada possibilitou a substituição de antigos semáforos por equipamentos mais modernos, com lâmpadas de LED, que possuem maior luminosidade, e utilização de GPS, o que permitiu a criação da chamada “onda verde”, quando há sincronização semafórica, em vias importantes, como Almirante Barroso e avenida Nazaré.
A Semob também deu início à instalação de mais sete semáforos com botoeiras eletrônicas sonorizadas, que auxiliam pessoas com deficiência visual na travessia das vias. Até então, Belém contava com nove pontos de semáforos sonoros, distribuídos em corredores viários importantes e de grande fluxo da capital.
O primeiro semáforo foi instalado no cruzamento da avenida Visconde de Souza Franco com a travessa Ó de Almeida. Também mais seis outras vias receberam os semáforos com botoeiras sonoras: travessa Aristides Lobo com a Visconde de Souza Franco; avenida Desembargador Paulo Frota, nas proximidades do shopping Bosque Grão Pará; avenida Gentil Bittencourt com a travessa Rui Barbosa; avenida Governador José Malcher com avenida Generalíssimo Deodoro; Boulevard Castilho França com travessa Frutuoso Guimarães; e travessa 14 de Março com a rua Bernal do Couto. A escolha dos novos locais que receberam a tecnologia foi feita em conjunto com a Associação de e para Cegos do Pará (Ascepa).
Motos – Outra novidade da gestão municipal em 2019 foi o lançamento de uma nova sinalização voltada preferencialmente aos motociclistas. Identificadas por áreas delimitadas nos cruzamentos de vias de grande circulação, os bolsões possuem sete metros de extensão e permitem que veículos como motocicletas, motonetas e ciclomotores aguardem a abertura dos semáforos na frente de carros, ônibus e caminhões, para que possam sair de forma mais ágil.
O projeto possui os mesmos moldes adotados em cidades como São Paulo, Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Curitiba (PR), Rio Branco (AC) e outros grandes centros urbanos do país. “Nos levantamentos de acidentes envolvendo motocicletas, foi constatado que as ocorrências aconteceram principalmente na arrancada da moto, quando abre o sinal. Com a implantação dos bolsões, podemos melhorar não só a fluidez, mas garantir a visibilidade dos condutores, uma vez que eles estarão à frente dos veículos maiores”, destaca o diretor geral da Semob, Carlos Valente.
Educação – Todas as mudanças de circulação propostas pela Semob foram realizadas por etapas e a partir da implantação de uma nova sinalização viária o órgão realizou amplas campanhas educativas para informar a população local e também os frequentadores daquela localidade para que tivessem ciência da nova concepção de circulação.
As ações educativas são sempre realizadas em duas frentes: na primeira são abordados os condutores, pedestres, ciclistas e motociclistas, na segunda a equipe de educação para o trânsito bate de porta em porta nas residências e entram em estabelecimentos comerciais. Em todas as abordagens são distribuídos panfletos informativos para que a pessoa leia mais atentamente em outro momento e para que a informação possa circular de forma mais eficaz.
Texto: Ricardo Miranda
Foto: Arquivo/Comus

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