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Prefeitura inicia inventário de emissões de gases de efeito estufa em Belém

A Prefeitura de Belém deu mais um passo nas ações para a identificação das fontes poluidoras no município, visando o enfrentamento das mudanças climáticas.

O Grupo de Trabalho (GT) do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa de Belém realizou a primeira reunião nesta quinta-feira, 27, no auditório da Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão (Segep), no bairro São Brás.

O inventário de emissões, quando concluído, vai proporcionar uma importante base de dados para auxiliar a administração municipal na tomada de decisões e na implantação de ações concretas para a redução das emissões desses gases poluentes e, com isso, garantir um futuro sustentável e melhor qualidade de vida à população da cidade e das ilhas.

Trabalho integrado

O GT é coordenado pela Segep e conta com técnicos das secretarias municipais de Urbanismo (Seurb), Saneamento (Sesan), Economia (Secon), Controle, Integridade e Transparência (Secont), Meio Ambiente (Semma), Turismo (Belemtur) e de Saúde (Sesma), além da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem) e a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob).

“O inventário é o levantamento do nosso perfil de emissão de gases de efeito estufa e nós vamos chegar a uma conclusão que os ônibus, automóveis, aeroporto emitem muito gases. Mas queremos saber o percentual de cada fonte para que nós possamos ter uma estratégia de redução [do efeito estufa]”, informa o secretário de Planejamento, Claudio Puty, que coordena o GT.

Metodologia – O primeiro encontro serviu para apresentação da metodologia GPC —Global Protocol for Comunity-Scale Greenhouse Gas Emission Inventories (Protocolo Geral para Emissão de Gases de Efeito Estufa em Escala Comunitária, em tradução livre), que norteará as atividades do GT.

O método foi desenvolvido pela organização Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI América do Sul), assistente técnica no Inventário, contratada pelo Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia nas Américas (GCoM) com financiamento da União Europeia (UE).

“Essa parceria entre a Prefeitura de Belém e o ICLEI renderá bons frutos, um levamentamento rigoroso de toda a situação climática em Belém, dos impactos da urbanização e a população de mais de 1,5 milhão de habitantes. Todos esses impactos serão medidos e também todas as possibilidades de remediar essas situações que produzem crises climáticas”, afirma o prefeito Edmilson Rodrigues.

Processo prevê cinco etapas de trabalhos

O cronograma de atividades apresentado na reunião do GT é composto de cinco estágios. Os dois primeiros, como o planejamento e a definição da finalidade do inventário com o mapeamento das fontes de emissão, já foram realizados pela Prefeitura e ICLEI, respectivamente.

As fontes identificadas estão reunidas em cinco grupos: energia estacionária (energia elétrica e combustíveis); transportes (consumo de combustíveis e energia por veículos); processos industriais e uso de produtos (transformações químicas ou físicas de materiais); agricultura, floresta e outros usos da terra (atividades agrícolas e pecuárias), e resíduos (resíduos sólidos e efluentes líquidos).

Relatório – A próxima fase é a de coleta e processamento dos dados a serem obtidos junto às fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE). O estágio seguinte consiste no cálculo e revisão de resultados e, depois, a elaboração do relatório final.

O inventário, quando concluído, vai servir de base para que a Prefeitura de Belém construa, de forma participativa com a sociedade, um Plano de Ação Climática para o enfrentamento dos efeitos causados pelos gases poluentes.

“Temos a primeira parte que é o Inventário. Uma segunda parte é a estratégia de adaptação e mitigação, que comporão o plano de ação climática. E integrar isso a outro plano que estamos revisando, que é o Plano Diretor. Este tem um capítulo de meio ambiente e sustentabilidade, com uma estratégia de longo prazo de recuperação econômica, que seria o que nós chamaríamos de plano de desenvolvimento econômico”, explica o secretário de Planejamento, Claudio Puty.

Texto:

Álvaro Vinente

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