No segundo dia de liberação parcial da ponte do Outeiro para pedestres, ciclistas e motociclistas, os pontos de retornos dos ônibus ficaram mais próximos às cabeceiras da ponte (Icoaraci e Outeiro).
A titular da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), Ana Valéria Borges, acompanhou e vistoriou o funcionamento dessa nova operação, na manhã desta terça-feira, 22.
Ela explica que os ajustes feitos pela Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) no trevo de Icoaraci, e pela Secretaria de Estado de Transporte (Setran), pelo lado de Outeiro, permitiram que os retornos feitos pelos ônibus para embarque e desembarque pudessem ficar mais próximos da ponte.
A redução da distância do deslocamento do usuário, em relação às cabeceiras, chega a aproximadamente 75%, fora a extensão da travessia. A partir de hoje, do lado de Outeiro, o ônibus fica a 125 metros e do lado de Icoaraci, a aproximadamente 70 metros.
Reforço da frota de ônibus
Esses ajustes estão sendo feitos para melhor atender à população penalizada há mais de um mês com a interdição da ponte. A partir de hoje, por determinação da Semob, a linha Icoaraci/Ver-O-Peso, via Arthur Bernardes, passou a atender a população que atravessa a ponte e com a recém-criada linha Maracacuera/Ponte aumenta a oferta de transporte coletivo por ônibus aos usuários.
A aposentada Aldenora Paiva ficou feliz e surpresa porque não precisou andar muito para atravessar a ponte, entre um ponto de ônibus e outro.
“Ficou muito mais fácil. O ônibus nos deixa a poucos metros da cabeceira da ponte, em Outeiro, e descendo a ponte, em Icoaraci, já tem ônibus esperando descendo a ponte”, comentou.
Ela também disse que não tem tido problema em pegar o ônibus circular, um serviço gratuito na ilha, que teve sua frota reforçada para melhor atender a população. Segundo Aldenora, a situação está muito complicada depois da interdição da ponte. “Espero que concluam logo essa obra para a vida da gente voltar à normalidade”, anseia a aposentada.
Melhoria – A dona de casa Eliane Trindade ficou satisfeita com a travessia pela ponte. “Com os ônibus deixando a gente perto da ponte ficou melhor”, disse, enquanto atravessava a ponte para Icoaraci e avistou os ônibus bem próximos do local.
Ela também disse que que não tem o que reclamar da frota que circula na ilha. “Não espero muito tempo pelo ônibus”, explicou.
A ambulante Conceição Nunes também comentou que, depois desses ajustes, ficou bem melhor. “Não fica tão cansativo”. Já o Francisco Haroldo, que trabalha como mineiro, espera que a situação melhore. Ele perdeu o emprego logo depois da interdição da ponte, pois, no início, não conseguia chegar no horário ao trabalho. Com todos os ajustes feitos depois disso, minimizando os prejuízos da população, acredita que a situação tende a melhorar mais.
Texto: Rosângela Gusmão