A população que vive na Baia do Sol, distrito de Mosqueiro, espera que em breve o sistema de transporte que opera na região inicie uma nova etapa, por isso depositou suas expectativas em uma reunião realizada na manhã desta quarta-feira ,4, no distrito. Problemas foram relatados, experiências e informações trocadas entre a comunidade e a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana- Semob a fim de melhorar cada vez mais o sistema.
A Semob tem trabalhado para resolver problemas históricos de transporte no distrito e já avançou com a implementação do transporte suplementar, que iniciou com um projeto piloto em julho do ano passado, quando foi feita a regulamentação de vans e micro-ônibus em Mosqueiro.
Cooperativas que concorriam entre si, trabalhando até então de forma ilegal, mas prestando um serviço fundamental para a mobilidade urbana de quem vive na ilha, foram organizadas, tiveram horários e itinerários ajustados, mas ainda há prestadores que não cumprem as ordens de serviço no local.
“Queremos ouvir a população para poder melhorar o transporte. Precisamos que os cidadãos nos municiem de provas quanto a baixa qualidade do serviço ou qualquer irregularidade para que possamos chegar aos operadores que descumprem e cassar a licença de quem não está atendendo a população com qualidade”, disse Maisa Tobias, superintendente de Mobilidade Urbana, em resposta aos diversos questionamentos da população.
Foram levantados problemas de atraso nos horários de prestação do serviço na área e irregularidades como a não concessão de gratuidades a idosos e de benefício de meia-passagem para estudantes.
“Diante do exposto pela população vamos fiscalizar as cooperativas atuais e, se necessário, inserir mais cooperativas aqui para garantir a qualidade do transporte. Mas só irão trabalhar carros de cooperativas legalizadas com veículos que tenham sido vistoriados e que cumpram a ordem de serviço”, reiterou Maisa.
Gilberto Barbosa, diretor geral da Semob, lembrou que a implementação do transporte suplementar foi um grande avanço para o transporte na ilha e que inicialmente as cooperativas cadastradas eram as locais. “Nossa função foi organizar e trazer para a legalidade o que já estava funcionando de forma clandestina e, até então, sem segurança para o usuário. Quando chegamos não havia nenhuma empresa segura, com veículos vistoriados e demos primeiramente a oportunidade para quem reside no Mosqueiro. Queremos cada vez mais avançar rumo à melhoria deste transporte”, disse Gilberto.
O presidente da Federação das Cooperativas de Transporte Público, Alternativo, Opcional, Complementar e Suplementar dos Permissionários, Concessionários, Autorizatários e Trabalhadores Autônomos do Estado do Pará (Fetransporte), Waldir Segundo, esteve na reunião e se colocou à disposição para levar as reclamações dos usuários aos cooperados. Ele decidiu contratar um fiscal da própria comunidade para avaliar o serviço do transporte.“Vamos contratar alguém da comunidade para verificar os veículos e a qualidade do serviço e caso não estejamos atendendo como é estabelecido pela Semob, vamos ajustar”, disse o presidente.
Maísa Tobias firmou compromissos com a comunidade e já deixou agendada uma reunião onde serão resolvidas as pendências elencadas, como a instalação de validadores nos coletivos e a vistoria dos veículos cadastrados para que possam operar na ilha. “Vamos fazer a instalação dos validadores que garantem o uso dos cartões Passe Fácil. Mas o compromisso da população será de optar pelo transporte regular, garantindo a continuidade do serviço”, finalizou.
Texto: Nathalia Petta
Foto: Tássia Barros – Comus
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)
