“É uma emoção muito grande, porque todo ano eu participo. Isso já tá no sangue. Eu moro na Cidade Nova e acordei cedo pra estar aqui. Eu tô muito feliz”, contou, empolgada, a aposentada Edilena Barbosa, 67 anos. Ela chegou cedo à Praça da República, centro de Belém, para aproveitar o primeiro domingo, 11, do Arrastão do Arraial do Pavulagem, uma das maiores manifestações de popular cultural do Pará.
Chegada diferente
O sorriso estampado no rosto do público e o balançar do chapéu de palha, com as famosas fitas coloridas, marcaram mais um início dos arrastões do Arraial do Pavulagem. Este ano, o percurso foi diferente, pois a chegada, que antes ocorria na Praça dos Estivadores (atualmente em reforma para a construção do Boulevard da Gastronomia), passou para a praça Waldemar Henrique.
A Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), como patrocinadora, preparou a Praça Waldemar Henrique com bandeirinhas juninas, que foram produzidas por artesãos do munícipio de Augusto Corrêa.
Resistência
Para a presidente da Fumbel, Inês Silveira, o Arraial do Pavulagem é uma resistência da cultura popular. “A Prefeitura de Belém tem dentro das suas ações o apoio a este grande momento da cultura popular. E a praça foi preparada para receber quem estava acompanhando o cortejo e quem já estava no aguardo do cortejo, com um decoração pensada para amenizar o calor de quem estivesse na praça,” explicou Inês.
A decoradora Valéria Araújo, 27 anos, veio do bairro do Bengui para viver, pelo terceiro ano, a experiência do Arraial do Pavulagem, e não escondeu a alegria de estar ali acompanhando cada detalhe.
Ansiedade
“Eu tô muito feliz. Fiquei muito ansiosa de ontem pra hoje. Esse movimento de todo mundo reunido é uma alegria só, porque, quando chega o mês de maio, a gente já fica pensando nesse momento de se reunir com a familia e amigos no Arraial”, contou Valéria. Ela disse que vai participar todos os domingos.
As amigas Anésia Avelar, 50 anos, e Maria de Lourdes Pamplona, 60 anos, aguardavam
a saída do cortejo, dançando e cantando. “O arraial é maravilho e gratificante. Porque é mais um ano com vida e saúde. O arraial é tudo de bom”, disse, empolgada, Anésia.
“Essa é a primeira vez que participo do Pavulagem e eu já amei de primeira”, contou, aos risos, a Maria de Lourdes, que prometeu participar todos os domingos do evento.
Identidade
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, destacou a identidade cultural da capital paraense. “Belém é isso, é festa. Belém tem identidade cultural e essa multidão mostra isso. Viva o arrastão, viva o Pavulagem!”, comentou.
Os próximo arrastões ocorrem nos três domingos seguintes, 18 e 25 de junho e 2 de julho, sempre a partir das 8h, na Praça da República e segue até a praça Waldemar Henrique.
Serviços da Prefeitura durante o Arrastão do Pavulagem
Na área da segurança, a Prefeitura de Belém, por meio da Guarda Municipal (GMB), disponibilizará, a cada domingo, 45 guardas municipais do grupamento operacional, das inspetorias de base e táticas, os quais serão distribuídos nas praças e durante o cortejo.
Já na mobilidade urbana, a Guarda Municipal em parceria com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) vai dar apoio na interdição de vias, ao longo do percurso do evento cultural.
Texto:
Joyce Assunção