A construção do Plano de Mobilidade Urbana e Revisão do Plano de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de Belém avança e coloca a capital em destaque no país pela discussão com a sociedade e pela metodologia de construção que está sendo implantada com apoio da WRI Cidades Sustentáveis. Na última segunda e terça-feira a consultoria esteve na Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém, Semob, qualificando as comissões responsáveis pela elaboração do plano.
“Estamos trazendo para estas capacitações os atores da sociedade civil, líderes comunitários além de técnicos e secretários municipais que estão envolvidos com essa elaboração do plano para mostrar metodologias que nos ajudem a canalizar a energia da população para contribuir para o plano. Muitas cidades no Brasil, ao longo dos anos, não tinham esse planejamento voltado para mobilidade, agregando ações que devem ser feitas a curto, médio e longo prazo. O que se viu nos últimos anos foram obras que não faziam parte de um planejamento”, explicou o consultor Diogo Piresferreira, consultor da WRI Cidades Sustentáveis.
Ele completou dizendo que as cidades que não elaboram o plano de acordo com a lei podem perder acesso a recursos do Governo Federal para Mobilidade Urbana.
“O plano precisa ser elaborado contemplando os aspectos específicos da cidade, daí a importância do engajamento da população. Vamos aproveitar para trazer boas experiências de planos que construímos de outras cidades. Mas a nossa instituição, que é sem fins lucrativos, não investe em assessorar municípios que não tenham capacidade de desenvolver esse plano e sabemos que Belém tem essa capacidade e por isso estamos aqui”, completou.
Paulo Melo é líder comunitário do Condor e teve acesso a capacitação para a elaboração do plano. “Nunca antes um governo nos chamou para nos ensinar como podemos melhor contribuir para o planejamento da cidade. Assim estaremos realmente engajados e seremos atores da cidade do futuro”, alegrou-se.
Maisa Tobias, titular da Semob, acredita que essa capacitação será fundamental para a elaboração de um plano que realmente tenha a cara da cidade porque está sendo feito pelas pessoas daqui e para as pessoas que aqui residem.
“Queremos que a população se envolva, se engaje e participe, traga suas contribuições. O plano deve ser feito para melhorar a vida de quem vive em Belém”, defendeu.
Texto: Nathalia Petta
Foto: Uchôa Silva/Comus
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)