Acessibilidade, rapidez e conforto. Essas foram as palavras da professora Vilma Silva da Silva, após ver de perto as obras de uma das maiores transformações da capital paraense: o sistema BRT. Ao lado de empresários que serão responsáveis pelos ônibus que vão trafegar pela via, a moradora do distrito de Icoaraci conferiu de perto o trabalho que vem sendo realizado para colocar em funcionamento o sistema viário.
“Estou maravilhada e ao mesmo tempo ansiosa para ver isso tudo pronto”, disse a professora. “Confesso que antes de ser convidada para a visita, eu reclamava muito do congestionamento da Augusto Montenegro. Não tinha noção da grandiosidade desta obra”, contou. “Porém, agora posso ver que todo o ‘transtorno’ é necessário para a melhoria e a qualidade do transporte na cidade. Essa obra é muito grande. Incrível”, completou.
Além da professora, representantes da Mercedes-Benz e da Caio Induscar – empresa fabricante de ônibus e produção de carrocerias urbanas – estiveram em um dos terminais de integração do sistema. “A vistoria com todos os atores envolvidos no processo é fundamental para que eles entendam como será o funcionamento do sistema”, comentou Adnaldo Oliveira, secretário municipal de Urbanismo (Seurb).
No último mês, foi iniciada uma nova frente de trabalho para a construção do BRT com o prosseguimento das obras no segundo trecho do empreendimento. O trabalho segue do Mangueirão até o Tapanã, com extensão total de 3,6 quilômetros. Previsto para iniciar em abril, o serviço neste trecho foi antecipado, visando, também, eliminar os pontos de alagamentos na área central da obra.
“As visitas ao BRT são importantes para identificar, ainda, se há algum problema que possa sofrer intervenções enquanto as obras seguem. Ou seja, o objetivo é tomar conhecimento de possíveis situações que possam influenciar no projeto”, pontuou Francimário Gomes, diretor de Mobilidade da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob).
A professora Vilma, que chegou acompanhada com outras seis mulheres, todas moradoras de Icoaraci e futuras usuárias do sistema BRT, saiu com impressões bem diferentes das de quando chegou ao terminal. “Hoje eu digo com todas as letras: essa obra vai mudar o conceito de trânsito na cidade. E digo mais, será um exemplo para outras capitais”, disse.
Internet
José Regis Júnior, presidente da Companhia de Informática de Belém (Cinbesa), também participou da visita e garantiu a implantação, nos terminais do BRT, do serviço de navegação na web por meio da rede wi-fi (sem fio). A tecnologia terá o mesmo formato da que foi instalada no Complexo do Ver-o-Peso. “A ideia é oferecer aos passageiros o serviço de conectividade 24 horas. Deste modo, a rede deve servir não apenas para os usuários e turistas, mas também, aos agentes de segurança”, informou.
No Ver-o-Peso, para colocar em funcionamento a chamada rede Açaí, a prefeitura investiu na instalação de 4,3 km de fibra óptica e um novo datacenter com capacidade de armazenamento de 400 terabites. “Já imaginou? Quando eu estiver esperando o ônibus do BRT vou poder acessar a internet utilizando o serviço wi-fi e, ainda, contar com o conforto dos novos ônibus”, comentou empolgada a professora Vilma.
Em todo o prolongamento do BRT haverá implantação de nova iluminação, sinalização horizontal e vertical e, ainda, a instalação do segregador com tela, que vai separar o corredor do BRT das pistas de circulação dos automóveis.
Texto: Adriana Pereira
Foto: Oswaldo Forte
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)