A Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Unidade Coordenadora do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (UCP), vem executando por etapas o assentamento de 52 metros de aduelas que darão origem à galeria de macrodrenagem, serviço que pretende acabar com os alagamentos históricos na Avenida Bernardo Sayão. Para isso tem sido necessária a programação de interdições na área.
A segunda e mais complexa interdição,começa no dia 13 de setembro, no cruzamento das Avenidas Bernardo Sayão e José Bonifácio. Com duração de 30 dias, a interdição da via visa garantir a segurança dos trabalhadores e pedestres que transitam no local, já que qualquer sobrepeso próximo à escavação pode causar desmoronamento.
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, 11, na sede do programa, localizada na Av. Bernardo Sayão, representantes da UCP e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), informaram a imprensa local sobre a execução e avanço das obras, além de esclarecer todas as dúvidas referente à rota alternativa utilizada pelos ônibus nos próximos 30 dias.
“Estamos na segunda e mais complexa fase de execução das obras. Vamos dar continuidade ao assentamento de mais 32 metros de aduela, que darão origem à galeria de saneamento.Essa ação é que vai cessar os alagamentos históricos da via”, explicou a coordenadora geral da UCP, Luciana Vasconcelos.
Por essa razão, o trânsito na área será parcialmente interditado. Apenas uma faixa da José Bonifácio estará disponível para circulação e as linhas de ônibus que atendem o local terão os itinerários alterados pela Semob, até que os serviços no trecho sejam concluídos.
A titular  da Semob, Ana Paula Grossinho, garantiu que durante o período da interdição o órgão atuará com uma equipe de 30 pessoas, entre agentes de trânsito, de transporte e apoiadores operacionais. “Nosso objetivo é garantir tanto a segurança quanto a mobilidade urbana no local. Nossas equipes irão trabalhar de 6 da manhã, até às 21h, divididas em dois turnos, informando e orientando a população”, afirmou.
As linhas UFPA – Pedreira, UFPA – Padre Eutíquio, UFPA – Alcindo Cacela, UFPA – Ver-o-Peso e Ceasa – Ver-o-Peso, que trafegam pela Bernardo Sayão, em direção à José Bonifácio ou à UFPA, desviarão o percurso pela Avenida Alcindo Cacela, Rua São Miguel, Travessa Nove de Janeiro, Rua dos Caripunas, Avenida José Bonifácio, a destino.
A linha Ceasa – Felipe Patroni, no sentido bairro/centro, virá pela Rua dos Pariquis, Alcindo Cacela, Bernardo Sayão e Avenida Roberto Camelier, a destino.
As linhas de ônibus que saem da UFPA seguirão normalmente pela Perimetral, Augusto Corrêa, Bernardo Sayão, José Bonifácio, a destino, exceto as linhas UFPA – Centro Histórico, Cremação I – Estrada Nova e Cremação II – Alcindo Cacela, que iniciarão e terminarão a viagem em um terminal provisório, que funcionará na Praça Princesa Isabel. Essas linhas não terão mais acesso à UFPA no período de interdição.
Uma linha “bagé”, gratuita, será disponibilizada para que a população que reside na Bernardo Sayão, próximo à UFPA, na pista oposta à de circulação de veículos, seja transportada até a parada mais próxima.
De acordo com o diretor geral da Semob, Gilberto Barbosa, nove linhas serão impactadas, tendo os seus itinerários alterados. “Fizemos um estudo para garantir que, mesmo com a interdição, a população local continue tendo acesso ao transporte público, para dessa forma, minimizar os transtornos causados pela obra”, informou.
Primeira interdição
Os serviços executados na primeira fase da interdição foram iniciados no dia 7 de agosto, na Av. Bernardo Sayão, no trecho entre a José Bonifácio e a Passagem Rui Barbosa. A interdição da via se deu para que a obra fosse realizada com maior rapidez, liberando o fluxo de veículos no local, já que na Bernardo Sayão funciona uma grande quantidade de portos e estabelecimentos comerciais. A interdição foi fundamental para que o serviço naquele trecho fosse entregue antes do prazo estabelecido.
Quem mora na área acompanha diariamente as mudanças estruturais que vêm sendo executadas na via. A população que há anos sofria com constantes alagamentos, hoje vive a expectativa de uma nova fase, com condições dignas de saneamento.
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O engenheiro da UCP, responsável pela obra, Amadeu Frade, ressalta a importância das interdições para garantir a segurança dos trabalhadores e também dos pedestres que trafegam no local. “Por conta das escavações que serão realizadas , é necessário que somente os trabalhadores trafeguem na via. Qualquer sobrepeso, nas proximidades da escavação, pode ocasionar desmoronamento e consequentemente, colocar em risco a vida dos trabalhadores’’,alerta.
Mapa

Por Milene Amaral
Fotos: Tássia Barros
Arte: Ademilton Jr.