Em decorrência do ano eleitoral de 2024, bem como a Lei Federal nº 9.504/1997, que estabelece normas gerais para eleições e determina as condutas vedadas aos agentes públicos, configurando algumas condutas como abuso de poder, bem como a infringência ao art. 37, §1º da Constituição Federal, as notícias deste site estão desabilitadas até o fim do período eleitoral.

Bernardo Sayão tem trecho interditado para etapa final de asfaltamento no Guamá

3c0b14ef-209a-42c2-a0eb-813a4d78699dCom sol forte e cerca de 120 operários atuando em ritmo intenso, a obra de saneamento e urbanização da avenida Bernardo Sayão, no perímetro entre José Bonifácio e Augusto Corrêa, no bairro do Guamá, entrou na última etapa de asfaltamento no início da manhã desta quinta-feira, 24. Para a realização do trabalho, o trecho da Bernardo Sayão entre a travessa Padre Eutíquio e a avenida José Bonifácio precisou ser interditado, devendo permanecer bloqueado para o trânsito até a conclusão dos serviços, prevista para a próxima segunda, 28. Enquanto isso, agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (SeMOB) permanecem no local para orientar moradores e pessoas que transitam pela área.
Para o técnico em telecomunicações Cristiano Estumano, que atua na manutenção de redes de fibra ótica há quatro anos na área da Bernardo Sayão, o trabalho de asfaltamento, apesar dos transtornos com as interdições, significa melhoria no acesso e também mais segurança. “A gente trabalha de manhã até de madrugada. Antes era só lama por aqui e o pessoal avisava que era perigoso. Então, o asfalto traz melhorias, a gente faz a rota com mais rapidez e segurança”, avalia Cristiano.
Com o avanço alcançado no primeiro dia de pavimentação, os engenheiros da obra estão otimistas e acreditam que o asfaltamento pode ser finalizado antes do prazo previsto no cronograma inicial. “Se tudo continuar assim, com o tempo bom e a equipe mantiver o ritmo, nós podemos concluir essa etapa já nesta sexta-feira”, prevê o engenheiro Antônio Neto, fiscal da obra.
Quem está ansioso é o autônomo Nazareno Alves Costa, de 56 anos, morador da área. Ele costuma transitar com frequência pelo trecho, onde algumas vezes faz transporte de mercadorias e acredita que vai ficar mais fácil desenvolver esse tipo de trabalho. “Fica mais organizado, melhor de passar”, comemora lembrando que a sinalização é fundamental para maior segurança.
Sinalização – Todo o serviço de sinalização da via será realizado pela empresa executora da obra de acordo com projeto técnico desenvolvido pela SeMOB, após o chamado tempo de cura do asfalto, de cerca de 15 dias, necessário para fixação da tinta nas pistas. Os especialistas da Semob receberam o projeto de engenharia do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova para identificar as necessidades de acordo com o fluxo, rotas de acesso e itinerários dos coletivos que transitam pela área.
Vendedor de açaí de Igarapé-Miri, seu Raimundo Miranda, de 56 anos, vem há décadas para Belém onde, semanalmente, faz a comercialização de mercadorias e diz que testemunhou a transformação da avenida Bernardo Sayão nos últimos anos. “Aqui era feio demais quando era aquela vala grande aqui no meio. Agora facilitou”, diz ele, olhando de perto o trabalho dos operários asfaltando os últimos metros de pista ainda sem pavimentação.
Trânsito – Cerca de 10 linhas de ônibus transitam pela área e algumas terão o percurso alterado durante o andamento dos serviços de asfaltamento, para quem segue do centro da cidade pela Bernardo Sayão, já que terá que desviar pela Alcindo Cacela ou Padre Eutíquio. Para acesso à Universidade Federal do Pará (UFPA), a orientação é seguir pela Barão de Igarapé Miri ou pela avenida Perimetral. O acesso pela José Bonifácio também será possível, mas a recomendação é que os condutores que puderem, evitem o trecho, por conta da obra.
MAPA 2305-01
Para acesso à área portuária da avenida Bernardo Sayão, os motoristas de transportes de carga poderão acessar o trecho entre José Bonifácio e Augusto Corrêa, pela própria Augusto Corrêa, por onde também terão que retornar. Já os portos do perímetro Padre Eutíquio – José Bonifácio, deverão ser acessados pela travessa Padre Eutíquio ou avenida Alcindo Cacela. De acordo com Antônio Neto, a intenção é atuar de forma estratégica para que os usuários do transporte público e quem trafega no trecho tenha o menor prejuízo possível.
Linhas de ônibus – A partir do início da execução das obras, a linha Ceasa – Ver-o-Peso, no sentido centro/bairro, fará: avenida Roberto Camelier, contorno na Praça Princesa Isabel, avenida Alcindo Cacela, rua São Miguel, travessa 09 de Janeiro, rua dos Caripunas, avenida José Bonifácio, a destino. Já a linha Ceasa – Felipe Patroni, no sentido bairro/centro, fará: travessa Castelo Branco, rua dos Pariquis, avenida Alcindo Cacela, avenida Bernando Sayão, a destino.
As linhas UFPA – Alcindo Cacela e UFPA – Pe. Eutíquio, bairro/centro, farão: rua Augusto Corrêa, avenida Bernardo Sayão (pista da direita), avenida José Bonifácio, rua dos Pariquis, avenida Alcindo Cacela, contorno na Praça Princesa Isabel, avenida Alcindo Cacela, a destino.
As linhas UFPA – Pedreira, UFPA – Centro Histórico, Cremação I – Estrada Nova e Cremação II – Alcindo Cacela, sentido UFPA/Centro, farão: avenida Bernardo Sayão (pista da direita), avenida José Bonifácio, rua dos Pariquis, avenida Alcindo Cacela, avenida Bernardo Sayão, sendo que as linhas UFPA – Pedreira e UFPA – Centro Histórico, seguirão viagem até a avenida Roberto Camelier. Enquanto que as linhas Cremação I – Estrada Nova e Cremação II – Alcindo Cacela continuarão na avenida Alcindo Cacela.
Já no sentido Centro/UFPA, a linha UFPA – Centro Histórico fará: avenida Roberto Camelier, avenida Bernardo Sayão, contorno na praça Princesa Isabel, avenida Alcindo Cacela, rua São Miguel, travessa 09 de Janeiro, rua dos Caripunas, travessa Castelo Branco, rua Silva Castro, avenida José Bonifácio, avenida Bernardo Sayão (pista esquerda), a destino.
Enquanto isso, as linhas Cremação I – Estrada Nova e Cremação II – Alcindo Cacela, no sentido Centro/UFPA, avenida Alcindo Cacela, retorno na Praça Princesa Isabel, avenida Alcindo Cacela, rua São Miguel, travessa 09 de Janeiro, rua dos Caripunas, travessa Castelo Branco, rua Silva Castro, avenida José Bonifácio, avenida Bernardo Sayão (pista da esquerda), a destino.
As mudanças nos itinerários dos ônibus terão início a partir desta quinta-feira, 24, e permanecerão até o término dos serviços.
Obras – Além do asfaltamento dos últimos cem metros de pista no cruzamento da Bernardo Sayão com a José Bonifácio, os operários estão concluindo a instalação do piso tátil nas calçadas construídas nas laterais da pista, melhorando o passeio público e garantindo acessibilidade para toda a população. As obras de saneamento e urbanização da avenida foram retomadas pela atual gestão da Prefeitura de Belém em 2015, depois de um trabalho de auditoria que identificou irregularidades oriundas da gestão anterior. Para evitar o cancelamento do projeto pelo banco financiador e assegurar a obra para a população, a Prefeitura adequou o projeto para execução que agora chega a fase final. O projeto envolveu um complexo trabalho de engenharia com a construção de galerias e o fechamento do canal a céu aberto que antes existia no trecho entre José Bonifácio e Augusto Corrêa. A área também ganhou a duplicação da pista e um canteiro central urbanizado. São dois mil metros de pistas asfaltadas e a via recebe um projeto de paisagismo realizado em parceria com a comunidade que está adotando os ipês que estão sendo plantados. São duzentos ipês, 100 deles doados pelo Instituto Ideflor-Bio e outros 100 pelo Sistema FAEPA/Senar, parceiros do projeto. As mudas, ao crescer, terão as cores rosa e lilás e serão cuidadas pelos próprios moradores e comerciantes da área, que receberam curso de capacitação e materiais também doados pela FAEPA.
Para a técnica Regina Cardoso, que começou a atuar no projeto da Bernardo Sayão há dois anos, não é só uma obra, mas um trabalho de relacionamento com a comunidade que quer saber, ser informada sobre o que está se passando, que se preocupa e precisa de retorno. “É relacionamento humano”, afirma Regina, que se diz emocionada ao ver que a missão está chegando ao final, cumprida. “Emociona porque tem que saber como lidar, informar e fazer a comunidade aceitar. Você se envolve, vira quase um parente. Tem gente que traz até lanche, vem saber se tá tudo bem”, relata a engenheira que diz que o local das obras é a segunda casa dela.

Por Tania Menezes

Redes Sociais