No Dia Nacional do Trânsito, data celebrada nesta terça-feira, 25, a Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e em parceria com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB), realizou a mesa redonda “Nós Somos o Trânsito: Diálogos para um trânsito mais seguro em Belém”.
A ação, realizada durante toda manhã no Comando da Guarda Municipal de Belém, marcou a programação de encerramento da Semana Nacional de Trânsito, na qual foram apresentados os dados estatísticos de acidentes de trânsito na capital no primeiro trimestre deste ano, além de debates acerca da infraestrutura, educação e conscientização no trânsito de Belém.
De acordo com o levantamento qualificado a partir dos bancos de dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do Corpo de Bombeiros, o primeiro trimestre registrou 1.094 vítimas totais, número superior aos anos de 2016 e 2017, que registraram 1.077 e 999 vítimas, respectivamente. “De 2016 para 2017 houve redução de 7,2%, enquanto que, no comparativo de 2017 para 2018 registramos um aumento de 9,5%”, ressaltou Thamara Medeiros, responsável pela estatística do projeto Vida no Trânsito do setor de Doenças e Agravos não Transmissíveis do Departamento de Vigilância em Saúde (DANT/DEVS).
Entretanto, ainda segundo Thamara, embora o número total de vítimas tenha reduzido nos anos anteriores, o quantitativo de vítimas fatais cresceu durante os três anos. Em 2016 foram 11 vítimas, uma margem muito próximo ao que foi apontado em 2017, com 12 vítimas. Já em 2018, este número subiu para 15 vítimas fatais, registrando 25% em relação ao ano anterior.
“Esperávamos que houvesse redução pelo fato de ter diminuído o número total de vítimas de 2016 para 2017. E isso não ocorreu. Só a multa não repreende, tem que partir mesmo da conscientização”, ressalta Thamara.
No debate aberto aos representantes de instituições públicas foram pontuados fatores como conscientização e educação no trânsito. “Ainda que tenhamos campanhas educativas, falta mais conscientização por parte dos condutores de veículos e de pedestres. O maior número de vítimas fatais, por exemplo, está relacionado ao modo de locomoção a pé, pois, em muitos casos, os pedestres não atravessam na faixa. É necessário a conscientização de todos. Temos as leis de trânsito, mas é importante focar na conscientização”, conclui Thamara.
Por Suênia Cardoso de Sá Moraes
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