Desde a publicação do decreto de lockdown, que determina o fechamento das atividades não essenciais, a Prefeitura de Belém, por meio do Comitê de Segurança Municipal, realiza operações de fiscalização nas feiras da cidade. A medida faz parte do conjunto de ações desenvolvidas pela gestão municipal, para conter a proliferação do novo Coronavírus, e nesta quinta-feira, 14, a ação ocorreu em feiras da Pratinha, Icoaraci e no Paracuri.
O Comitê que é composto por agentes da Ordem Pública, Guarda Municipal de Belém, Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (SeMOB) e Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), percorreu as ruas destes bairros e orientou os feirantes sobre como proceder diante das diretrizes previstas no decreto.
De acordo com o chefe de gabinete da Ordem Pública, Michel Bitencourt, as fiscalizações ocorrem devido populares ainda descumprirem as medidas. “Estamos realizando as abordagens para fazer com que as pessoas cumpram o decreto de lockdown. Quem não comprova a necessidade de estar fora de casa, é multado. O nosso principal objetivo de fazer a população ficar em casa é para conter o avanço da pandemia”, explicou. A operação contou com cerca de 20 servidores dos órgãos competentes para atuarem juntamente a população.
Para Marcos Marinho, 48 anos, autônomo que trabalha há nove anos no bairro da Pratinha, a ação foi essencial. “Isso é bom para conscientizar a população, que muitas vezes não querem nem usar a máscara e transmitem o vírus para quem precisa trabalhar”, disse.
Do dia 4 de maio até a ação desta quinta, 14, a Guarda Municipal recebeu 148 denúncias do distrito de Icoaraci, referente à estabelecimentos considerados não essenciais, em funcionamento.. “Depois dos três primeiros dias de orientação do lockdown, passou a vigorar a aplicação de multa e a Guarda está aplicando nos estabelecimentos que ainda estão abertos, e não são serviços essenciais”, destacou Rodolfo Cruz, inspetor do Grupamento Ronda Ostensiva Municipal (Rondac).
Segundo o agente distrital de Icoaraci, Fábio Lúcio Costa, a população ainda é muito resistente para cumprir as determinações. “Eles não se conscientizaram que estamos atravessando um momento difícil e é preciso que todos façam esse sacrifício. Estamos trabalhando para o bem da população”, enfatizou.
“Precisamos entender que as ações da prefeitura são necessárias para conter o avanço da Covid-19. E ficar em casa é um ato de cuidar de nós e das pessoas que amamos”, disse Ana Célia, moradora do bairro do Paracuri.
Texto: Amanda Cardoso
Fotos: Hugo Tokiwitz