Criado na França, em 1997, e depois adotado nos anos seguintes por diversos países europeus, o Dia Mundial sem Carro, celebrado no dia 22 de setembro, tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para a diminuição do uso de veículos motorizados particulares e estimular a utilização de outros modais de locomoção como bicicletas e o transporte coletivo.
No Brasil, atividades voltadas ao Dia Mundial sem Carro começaram a ser desenvolvidas em 2003, na cidade de São Paulo, e depois outras cidades brasileiras aderiram à iniciativa, incluindo a capital paraense.
Na manhã desta sexta-feira, a equipe de educação para o trânsito da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) estiveram no cruzamento da avenida José Bonifácio com a rua dos Mundurucus, no bairro do Guamá, orientando pedestres e motoristas que passaram no local para que respeitem as vias exclusivas para ciclistas. Além disso, os próprios ciclistas foram abordados e receberam orientações sobre as regras de circulação em vias de grande movimento, como o respeito aos semáforos e também seguir o fluxo dos veículos. “O trabalho desenvolvido pela Semob é constante, tanto no campo da fiscalização quanto na orientação. A educação para o trânsito é uma das frentes de trabalho mais importantes do órgão, pois é lá que nossas campanhas de conscientização e são executadas”, enfatiza a superintendente da Semob, Ana Paula Grossinho.
Lilian Araújo conta que é adepta ao uso da bicicleta há quatro anos e não sabia que na data de hoje era celebrado do Dia Mundial sem Carro e aprovou a ação. “Muitas das vezes, datas importantes como essa acabam passando despercebidas por conta da correria do dia-a-dia. Mas é muito importante que a preservação do meio ambiente e diminuição de poluentes sejam sempre destacadas”, pontuou.
O pedreiro Fernando Rocha utiliza a bicicleta para ir e voltar do trabalho há cinco anos e optou por esse meio de transporte porque ajuda bastante na sua mobilidade. “A gente acaba perdendo muito tempo no trânsito por conta dos engarrafamentos. Com a bicicleta tenho mais facilidade de locomoção, além disso, ela me ajuda também a melhorar a saúde”, disse.
Atualmente, a malha cicloviária do município é de quase 90 km. Desse total, 19 km são formados por ciclovias e 81 km são ciclofaixas. Hoje em dia é possível pedalar do Portal da Amazônia, no bairro do Jurunas, até a rodovia BR-316 ou até a Avenida Augusto Montenegro por uma ciclorrota, atravessando a cidade de uma ponta à outra. Este número tende a aumentar, haja vista que a partir da implantação do binário das travessas Vileta e Humaitá, haverá o adicional de mais 2 km de faixas exclusivas aos ciclistas na Vileta.
Faixas BRS
Além do estímulo ao uso das bicicletas, a Prefeitura de Belém também realiza estudos para a melhoria na qualidade do serviço de transporte público. Em breve, a população contará com uma nova logística de trafego de ônibus com a implantação das faixas do Bus Rapid System ou faixas BRS, onde a pista de rolamento da direita das vias que abrigam o BRS passa a ser exclusivas para ônibus. Aos veículos de passeio só será permitida a passagem pela faixa exclusiva para acesso a garagens e para conversões à direita na via.
“A implantação das faixas BRS é feita por etapas e encontra-se, atualmente, em fase de conclusão da sinalização horizontal, caracterizadas pela pintura das faixas, para posterior implantação da sinalização vertical, que são as placas de regulamentação, e dos radares de fiscalização. Após esse período, haverá uma ampla campanha educativa nos dias anteriores ao funcionamento do sistema. Só depois desse procedimento realizaremos a fiscalização e autuação”, explica Ana Paula Grossinho.
As primeiras vias a receberem a nova sinalização serão as avenidas José Bonifácio e a travessa Castelo Branco.
Por Ricardo Miranda
Fotos: João Gomes
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