A partir desta sexta-feira, 18, a área do Aeroporto Internacional de Belém passou a ter fiscalização de trânsito por videomonitoramento, o que significa que o fluxo de veículos na área é transmitido por câmeras para a sede da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém – Semob, onde é analisado em tempo real por agentes e, caso seja flagrada alguma infração, ela pode ser convertida em autuação.
Este é o projeto-piloto da Prefeitura de Belém, que pretende ampliar sua capacidade de fiscalização de trânsito utilizando novas tecnologias.
A fiscalização por videomonitoramento já era previsto pela resolução 471, de dezembro de 2013, do Código de Trânsito Brasileiro, mas permitia a autuação apenas em estradas e rodovias.
Em 17 de junho deste ano, uma nova resolução, número 532, incluiu as vias urbanas entre as autorizadas, o que abriu precedente para que a Semob implementasse esse sistema em parceria com a Infraero. “É importante entender que não há captura da imagem como no radar. O videomonitoramento tem efeito presencial, é como se o agente de trânsito estivesse no local, vendo e autuando”, detalha Maisa Tobias, superintendente da Semob. “Se precisar da presença física para resolver algum conflito na área, ele pode acionar uma viatura, ou até mesmo um guincho”, completa.
O projeto foi possível graças a uma soma de esforços. A Infraero entrou com as câmeras, Cinbesa e Prodepa com o cabeamento para transmissão de dados via fibra óptica, e a Semob disponibiliza os telões e os servidores que farão a fiscalização. “Não conheço nenhum aeroporto do Brasil que disponha de um serviço de fiscalização como esse”, comemora Abibe Ferreira Júnior, superintendente da Regional Norte da Infraero. “Queremos garantir o ordenamento do trânsito no Aeroporto e nossa intenção é expandir ainda mais para áreas muito complicadas do ponto de vista de trânsito, como o Ver-o-Peso, o terminal rodoviário de Belém e a área do BRT, o que será possível ao utilizarmos as câmeras de segurança da Guarda Municipal e do Centro Integrado de Operações Policiais – Ciop”, completou Maisa.
Quem trabalha na área se sente mais seguro com o novo sistema de fiscalização. É o que diz Rafael Tavares, diretor administrativo da Coopertáxi, cooperativa de táxi especial que atua no Aeroporto. “Toda a comunidade aeroportuária fica feliz. O Aeroporto é a porta de entrada da cidade e o turista conceitua a cidade pelo trânsito que ele encontra. Significa que, quando ele chega e vê um trânsito ruim, ele pensa que toda a cidade é ruim”, justifica.
Texto: Esperança Bessa
Foto: Eliza Forte
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)