A Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), deu continuidade às discussões sobre Políticas de mobilidade metropolitana mais equitativas e sustentáveis nesta quarta-feira, 19.
O evento contou com a parceria da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e da Área Metropolitana de Barcelona (AMB) e ocorre desde a terça-feira, 18, no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado do Pará (Fecomércio).
O debate, ocorrido em dois dias reuniu técnicos da Prefeitura de Belém e representantes dos municípios da Região Metropolitana, da sociedade civil, entidades sindicais, associações e parlamentares.
Oficinas
Durante a manhã desta quarta foi apresentada a “Oficina participativa sobre a Mobilidade urbana com enfoque de classe, raça e gênero” e à tarde, a oficina “Ideias e perspectivas para uma Belém acessível, equitativa e sustentável”. As oficinas foram mediadas pela representante do projeto Acesso Cidades, da FNP, Tainá Bittencourt, e por Maria Peix, coordenadora da AMB.
Durante a tarde, também foram apresentados os resultados da pesquisa sobre importunação sexual no transporte público por ônibus, realizada pela Semob, em novembro de 2022, nos terminais do BRT(Maracacuera, Mangueirão e São Brás) e da UFPA, bem como, nas paradas de ônibus no Ver-o-Peso e Presidente Vargas.
Debate pela mobilidade sustentável
O vice-prefeito Edilson Moura participou das atividades desta quarta. Ele reforçou a parceria da Prefeitura de Belém com a Frente Nacional de Prefeitos e o transporte sempre foi um dos temas em debate.
“A gente olha a situação de Belém e acha que o sistema de transporte público é um problema local. É um problema de país. Das cidades mais ricas às mais pobres”, pontuou. Segundo Edilson Moura, nas reuniões da FNP havia reclamação dos prefeitos sobre as dificuldades de implementar o transporte público que atenda efetivamente a necessidade da população.
“O tema que a Semob coloca hoje, junto com a FNP e com as outras organizações, é fundamental, porque essa dificuldade ou essa precariedade, afeta principalmente pessoas pobres, o negro, a mulher que enfrenta, muitas vezes, assédio no coletivo. O debate é necessário e eu creio que a gente vai encontrar alternativas ou soluções inteligentes e importantes para melhorar a mobilidade da nossa cidade”, destacou o vice-prefeito.
Na oportunidade a Superintendente da Semob, Ana Valéria Borges, conclamou a todos a participar das discussões. “Principalmente, para que a gente possa construir uma política de mobilidade muito mais abrangente, muito mais inclusiva”, afirmou.
Texto:
Rosangela Gusmao