As crianças atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Belém tiveram uma manhã diferente, aprendendo sobre as regras de trânsito para manter todos em segurança. A atividade ocorreu nesta terça-feira, 28, na Minicidade Educativa de Trânsito, como parte das ações de inclusão, dentro da programação do Maio Amarelo, da Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). 

A programação inclusiva começou na segunda-feira, 27, com a presença de crianças do espectro autista e teve continuidade nesta terça-feira, contando com as crianças com deficiência intelectual e múltipla que são atendidas pela Apae Belém.

Inclusão – A minicidade é montada simulando uma cidade de verdade, com semáforos, faixas de pedestres, faixas cidadãs, placas de sinalização, estacionamento especial para idoso/PCD. É uma forma de ensinar de maneira lúdica e divertida como funciona a via pública, mostrando os locais adequados para o uso de cada indivíduo envolvido no trânsito, como a calçada, a ciclofaixa e a rua, exemplificando, inclusive, o uso das sinalizações corretas.

A dona de casa Karina Sardinha achou a minicidade linda e bem elaborada. “Nela, as crianças têm noção de como se portar no trânsito, sem correr riscos. Elas aprendem como o trânsito funciona e como andar de forma segura”, disse. Ela é mãe da Manoela, 8 anos, que se encontra no espectro autista, e do Miguel, 5 anos. Ambos participaram da dinâmica da minicidade na segunda-feira. Manoela, inclusive, disse que aprendeu como atravessar na faixa de pedestre com semáforo e onde não tem, sobre a importância de olhar para os lados e dar o sinal de vida, antes de atravessar.

“A minicidade também funciona como uma forma de inclusão. As crianças precisam saber as regras para se comportar de maneira segura no trânsito, de forma que possam começar a colocar em prática as orientações que estão aprendendo”, pontuou Tatiane Pinheiro, chefe da Divisão de Educação para o Trânsito (CDET) Semob.

Educação e segurança no trânsito

Ao iniciar a dinâmica, os agentes de trânsito da Semob, Karime Rodrigues e Ércio Costa, conversaram com as crianças sobre alguns cuidados essenciais, como por exemplo, fazer o sinal de vida quando não houver semáforo próximo da faixa de pedestres, a importância de conhecer o significado das cores do semáforo e os equipamentos de segurança para ciclistas, motociclistas e condutores. Também explicaram sobre as funções e o trabalho dos agentes de trânsito. Os pais que acompanhavam os filhos foram bastante participativos e aproveitaram para tirar algumas dúvidas com os agentes.

Karina Pedroso, levou a filha, Isabela, para participar da programação. Isabela disse que já sabia todas as regras de trânsito, enquanto ouvia as orientações da agente Karime. “É importante essa dinâmica para ela ter noção de como lidar com o trânsito, como atravessar a rua corretamente, a esperar o sinal fechar para os carros para poder atravessar em segurança. Isso tudo é muito importante, ela precisa ter esse amadurecimento, especialmente para quando ela começar a andar sozinha”, disse Karina, encantada com a dinâmica lúdica.

O pequeno Luy Davi foi um dos mais animados ao caminhar pelos espaços da minicidade enquanto o agente Ércio mostrava as sinalizações de trânsito.  “É uma grande oportunidade participar dessa ação. Ele é muito ansioso, especialmente na hora de atravessar a rua. Conversamos muito e ele já sabe o que cada cor do semáforo quer dizer. Essas orientações de hoje reforçam as que damos em casa”, disse Mônica Silva, mãe de Luy, que recebeu o convite da Apae Belém para participar da programação.

Além da diversão lúdica na minicidade, as crianças também ouviram as explicações dos arte-educadores sobre comportamentos seguros no trânsito, receberam o talão de multas mirim, com o qual poderão brincar corrigindo os erros no trânsito cometidos pelos amigos e familiares, uma cartilha de atividades com dicas de segurança no trânsito e a Carteira de Habilitação Mirim. Itens que buscam reforçar os ensinamentos adquiridos na atividade.

Texto:

Amanda Mardock