Cortar caminho ou criar novas rotas para sair de casa era uma opção quase que diária para o coordenador de programação de rádio, Edmilson Mota, 48 anos. Morador do bairro Parque Verde, às proximidades da avenida Augusto Montenegro, Mota precisava fazer o trajeto até o Entroncamento, pela manhã, e levava cerca de 20 minutos, já na volta pra casa, durante a noite, o tempo chegava até a 40 minutos, mas desde que o elevado Engenheiro José Augusto Affonso foi liberado, Mota não leva mais que 10 minutos para fazer os percursos.
“Minha opção era sempre cortar pela rua do Benguí porque o engarrafamento era terrível, passava horas no sinal. Agora não, faço o trajeto por toda a Augusto Montenegro tranquilamente”, afirmou o programador que tem acompanhado de perto as melhorias na via. “Onde a obra de revitalização já passou é possível ver que o trânsito tá fluindo, falta mesmo é mais conscientização dos motoristas para entender que toda obra implica no trânsito, mas traz resultados”.
Com pouco mais de duas semanas liberado pela Prefeitura de Belém, o elevado ajudou a fluir melhor o trânsito e reduziu o tempo de viagem, já que eliminou o sinal naquele cruzamento, para quem segue nos sentidos Entroncamento e Icoaraci, que passou a ser de aproximadamente 20 segundos a travessia. Os semáforos continuam funcionando apenas nas pistas laterais que dão acesso às avenidas Centenário e Independência. O viaduto possui uma extensão de 400 metros, com duas faixas para veículos comuns e uma para o ônibus do Sistema Bus Rapid Transit (BRT), em cada sentido da avenida Augusto Montenegro.
A administradora Sherllen Moreira, 35 anos, também constatou os benefícios da obra. Ela que reside no bairro do Tenoné, ainda não tinha experimentado circular pelo viaduto até a última segunda-feira, 02, quando resolveu “mudar a rota”. “Por incrível que pareça, hoje eu segui pela via direto, para seguir ao trabalho, no centro de Belém. Era horário de pico, por volta de 7h40, e mesmo assim não levei mais que um minuto para cruzar a via. Ainda tem pontos de engarrafamento antes de chegar ao viaduto, mas quando cheguei próximo dele, onde a via já está estruturada, realmente constatei a diferença, o trânsito ficou bem melhor naquele trecho”, elogiou.
Continuidade – A obra ainda não parou, pois ela avança no sentido Icoaraci, com mais dois terminais e oito estações sendo concluídos. O terminal Tapanã, começou a ser erguido em julho do ano passado e já está na fase de acabamento e conclusão do viário no entorno. Localizado no canteiro central da Augusto Montenegro com a avenida Mario Covas, o terminal Tapanã tem cerca de 80 metros de comprimento e 13 metros de largura, com área de embarque e desembarque em ambos os sentidos da via, com espaço de parada para até três ônibus de cada lado.
O engenheiro fiscal da obra pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Eduardo Melo, explica que a obra do terminal Tapanã precisou de muitos ajustes no entorno para não causar maiores transtornos no tráfego. “Para isolar a área de obra do terminal, que se estende por 120 metros do canteiro central e mais uma parte das pistas, no sentido Icoaraci, foram improvisadas três novas faixas de tráfego, que serão reconstruídas e voltarão a funcionar normalmente nos dois sentidos da via”.
Além das construções dos terminais e estações, a Augusto Montenegro segue recebendo as obras de melhorias com a criação de galerias, drenagem, pavimentação asfáltica, calçadas, ciclovias e um projeto de arborização e paisagismo que complementam a obra. Ou seja, é muito mais que a implantação do Sistema BRT, é a avenida sendo totalmente reconstruída para trazer melhorias no trânsito e qualidade de vida da população.
Por Karla Pereira
Fotos: Oswaldo Forte
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