O último dia do Carnaval 2017 em Mosqueiro foi de muita alegria: os foliões que optaram pela ilha esbanjaram disposição. Nesta quarta-feira, 1, o tradicional bloco Pirarucu nas Cinzas encerrou as programações arrastando uma multidão atrás do trio elétrico ao som de muito axé e outros ritmos.
Cerca de 20 mil foliões curtiram a programação de encerramento da festa de Momo em Mosqueiro. Desde sábado até a Quarta-Feira de Cinzas, mais de 300 mil pessoas passaram pela ilha. A empresária Regina Larrat aproveitou tudo o que pôde no carnaval da ilha. “Eu estou curtindo tudo desse carnaval desde o começo. Tenho ido em vários blocos. Nesse aqui eu venho todo ano, mas não acaba hoje não. Amanhã ainda tem coisa para curtir, no Rabo do Galo”, comemorava a foliã.
Para o fotógrafo Leo Áquila, Carnaval é momento de irreverência e de colocar o bloco na rua. “Eu gosto muito desse bloco e venho todo ano, mas o importante é que eu mesmo faço meu carnaval, independente disso. Me ‘monto’, coloco minha fantasia e faço a festa”, disse o brincante.
Puxando o bloco pela avenida 16 de Novembro estava a banda Mocotó Elétrico. O produtor da banda, Carlos Ribeiro, contou que seu pai foi um dos idealizadores do Pirarucu nas Cinzas, que existe há 31 anos. “O bloco foi pensado por meu pai, Carlos Maresia, para divertir seus funcionários na época e os barraqueiros da ilha. Aí a tradição ficou mesmo após a morte dele e todo ano colocamos o bloco na rua na Quarta-Feira de Cinzas”.
Para garantir a integridade física dos foliões, agentes os órgãos de segurança pública municipal e estadual deram apoio nos cortejos de blocos e nas praias do distrito. A Guarda Municipal de Belém estava com 30 agentes somente na contenção do bloco, mais duas viaturas e quatro motos.
Durante todo o feriadão, quem foi à ilha de Mosqueiro contou, também, com mais dez agentes da Ronda da Capital (Rondac) e 48 da Inspetoria de Mosqueiro. “No geral, este Carnaval está tranquilo, sem grandes ocorrências. Nos blocos, damos apoio e proibimos a circulação de pessoas portando garrafas ou copos de vidro”, explicou o inspetor Lobato, da Guarda Municipal.
Para a Polícia Militar, o carnaval foi considerado dentro da normalidade. A PM atuou com 121 policiais, com o apoio de nove viaturas e 12 motocicletas, uma guarnição das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e uma da Cavalaria. “Não tivemos grandes ocorrências e nenhum homicídio. Consideramos que foi um carnaval da paz”, ressaltou o subcomandante do Batalhão de Mosqueiro, major Francisco.
O Conselho Tutelar atuou com cinco conselheiros na defesa dos direitos da criança e do adolescente. “Não é proibida participação deles em blocos como esse, mas buscamos garantir que eles usufruam desse direito à cultura e ao lazer da forma mais sadia possível, sem consumo de bebidas alcoólicas ou trabalho infantil”, afirmou o coordenador do Conselho Tutelar de Mosqueiro, Josenildo Nascimento de Almeida.
O Juizado da Vara Infância e da Juventude de Mosqueiro também atuou na proteção de crianças e adolescentes, com nove agentes em campo.
Agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) garantiram o ordenamento do trânsito e a circulação de blocos e trios elétricos, com 12 homens com o apoio de uma viatura e três motocicletas.
Texto: Jaqueline Ferreira
Foto: Tássia Barros – Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)
