Começaram, nesta segunda-feira, 6, as obras da primeira fase do segundo trecho do projeto BRT (Bus Rapid Transit), que corresponde ao trecho Entroncamento – Mangueirão, em Belém. Nesta etapa, serão investidos cerca de R$ 45 milhões.
O trabalho deve seguir em ritmo acelerado, até que se conclua o trecho – cerca de dois quilômetros e meio. Após isso, a obra segue até Icoaraci. No total, será injetado o valor de R$ 263.685.972,19, com recursos da prefeitura de Belém e do governo federal. A empresa vencedora da licitação para a construção, anunciada em novembro do ano passado, foi o consórcio formado pelas empresas EIT e Paulitec, que garante, para até o início de 2016, o prazo para a conclusão desta etapa.
“O projeto é do Entroncamento até Icoaraci, porém, o dividimos em duas etapas para proporcionar uma funcionalidade maior ao BRT e avançar na construção”, explicou o prefeito Zenaldo Coutinho, que esteve na manhã desta segunda-feira, 6, no canteiro de obras da Augusto Montenegro, acompanhado pela vice-prefeita, Karla Martins, por secretários municipais e imprensa local.
Trânsito – Com o início das intervenções na via, haverá um intenso trabalho de fiscalização de agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) no local, para evitar pontos de congestionamento. Serão 20 agentes da Superintendência, trabalhando em regime de escala, para orientar motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres.
“O trânsito terá, obviamente, algumas restrições. Estamos, inclusive, com uma licitação para dispor de embarcações que farão o trecho de Icoaraci até o centro de Belém. Há, ainda, ruas alternativas para o condutor, como a rua da Yamada e rodovias do Tapanã e Arthur Bernardes”, complementou Zenaldo Coutinho.
Um esforço que será necessário, como pontua o empresário Ivan dos Santos Gomes. “Não tem como fazer uma obra sem interferir no trânsito, infelizmente. Porém, acredito que esse pequeno transtorno será indispensável para poder, lá na frente, ganharmos uma mobilidade bem maior e termos mais qualidade de vida, no ir e vir diário”, ressaltou o empresário.
Árvores – A retirada de árvores do canteiro da avenida Augusto Montenegro se faz necessária para a continuação das obras. Contudo, o prefeito Zenaldo garantiu que, para cada um vegetal suprimido, três árvores serão plantadas em áreas próximas ao ponto de retirada. “Vamos triplicar o número de árvores, plantando as novas mudas em áreas adjacentes. Ou seja, Belém não vai perder a arborização, pelo contrário, vamos ampliar o número de árvores”, reforçou Zenaldo.
Vale ressaltar, também, que a retirada das árvores está prevista no projeto da segunda etapa do BRT.
Informatização – Um sistema moderno está sendo construído, agregando segurança, conforto e trazendo um importante avanço na mobilidade urbana. Com a entrega deste trecho, já será possível inaugurar uma primeira fase do serviço BRT do Mangueirão até São Brás, já com as estações funcionando, ciclovias no entorno, bilhete único, linhas alimentadoras, entre outros.
Estações informatizadas, com sistema de alta capacidade, serviço rápido, confiável e eficiente darão mais conforto para o embarque e desembarque de passageiros, que pagarão bilhete único para chegar ao seu destino, num sistema que mudará a realidade do trânsito em nossa cidade.
Projeto – No trecho entre o Entrocamento e a entrada de Icoaraci, a avenida Augusto Montenegro tem treze quilômetros de extensão, onde será construído um túnel (na rodovia Tapanã/Mário Covas) e um elevado, no cruzamento com a avenida Centenário. O projeto contempla, ainda, a construção de ciclofaixas nas vias laterais da avenida.
O BRT Belém beneficiará aproximadamente 800 mil pessoas, que terão seu tempo de viagem reduzido em 60% entre os bairros e o centro da capital. Para isso, o extenso projeto do BRT inclui ainda o BRT Centenário, BRT Centro Belém e Icoaraci, além dos portos.
Os moradores dos bairros interligados pela Augusto Montenegro foram consultados sobre a obra em audiência pública realizada em dezembro de 2013. Na ocasião, foi apresentado o projeto, com esclarecimentos sobre o que seria realizado ao longo da avenida. Todas as observações, pontuadas pelos moradores, também foram levadas em consideração no processo de elaboração do projeto executivo.
*Texto escrito com a colaboração da repórter Dandara Almeida
Texto: Adriana Pereira
Foto: Oswaldo Forte
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)