Outeiro celebra 63ª edição do Círio de Nossa Senhora da Imaculada Conceição

• Atualizado há 8 anos ago

CreateThumbnailNos momentos menos esperados, surgem situações de adversidade. Ramilson Souza, 32, trabalhava como garçom e levava uma vida razoavelmente tranquila, quando, de repente, recebeu um diagnóstico de tuberculose. Devoto de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, resolveu recorrer ao poder da fé para se curar. “A minha devoção vem de família. Após a morte do meu tio, que era professor de crisma e cantor no grupo ‘Caminhando com Jesus’, resolvi formar uma família e seguir no rumo da igreja”, conta.

Ramilson, hoje, está com a saúde em dias, é pai de uma linda menina de dois anos de idade, Rita Rafaela, e guarda da Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Rita e seu pai foram alguns dos inúmeros fiéis a prestigiar a 63ª edição do Círio do distrito de Outeiro, que aconteceu neste domingo, 04. O evento contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), através da Agência Distrital de Outeiro (Arout), e, também, com o esforço de cada devoto da santa, engajado em levar adiante a tradicional procissão da ilha.

Além de guarda da paróquia, Ramilson Souza realiza ações de caridade, como a doação de brinquedos no final do ano e distribuição de sopa todas as quartas-feiras. O curioso é que o pai da pequena Rita é morador de Icoaraci e faz questão de participar do Círio de Outeiro. “Acompanhei o Círio de Belém, Icoaraci, hoje estou aqui e semana que vem irei para o de Mosqueiro”, afirma.

“As pessoas que moram em Outeiro ficam numa grande expectativa para a chegada do Círio. Percebemos que muitos vêm de fora para prestigiar o evento. É uma tradição que a população faz questão de manter”, avalia a agente distrital da ilha, Elizete Cardoso.

Para o padre Maurício Dias, pároco de Outeiro, a cada ano, o interesse dos jovens pela procissão vem crescendo e a comunidade tem se fortalecido consideravelmente dentro das atividades da igreja. Segundo ele, poder participar de uma paróquia mariana foi uma alegria realizada graças à influência de sua mãe. “Desde criança acompanhávamos o Círio e via minha mãe se emocionar ao chegar perto da berlinda, ver a alegria e devoção das pessoas. Ela sempre me conduziu para esse tipo de manifestação. Quando eu escolhi ser padre, a minha maior alegria era poder estar perto de Maria”, lembra o sacerdote.

A procissão que saiu da capela Nossa Senhora de Fátima e seguiu até a paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no distrito de Outeiro, contou com a segurança da Guarda Municipal de Belém (GMB), que disponibilizou um efetivo de 25 homens, além do reforço da Superintendência Executiva de mobilidade Urbana de Belém (Semob), que trabalhou em parceria com o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) na organização do trânsito ao longo da procissão.

Texto: Caroline Torres
Foto: Alessandra Serrão – NID/Comus
Agência Reguladora Municipal de Água e Esgoto de Belém (AMAE)

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