A nova gestão à frente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB) deu início a um levantamento técnico da situação das paradas de ônibus da capital, começando de forma piloto pelo centro histórico de Belém. O levantamento tem por objetivo diagnosticar a situação desses pontos de parada, as condições estruturais dos abrigos, se a localização dos mesmos está atendendo a população de forma satisfatória, entre outros.
Os dados coletados durante o mês de janeiro estão sendo consolidados e irão servir de base para as tomadas de decisão do órgão quanto à necessidade de manutenção, substituição, inserção de novos ou deslocamento dessas estruturas, em parceria com a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb).
“Os pontos de parada são equipamentos de grande importância para a operação e a imagem do serviço de transporte público. São neles que o usuário estabelece o primeiro contato com a rede de transportes e seu espaçamento determina o desempenho operacional das linhas, e influencia nos custos da operação”, explica a chefe da Divisão de Infraestrutura da Diretoria de Transportes da SeMOB, Denise Garcia, departamento que realiza o levantamento.
“O ponto de parada deve ser entendido como um espaço físico merecedor de um tratamento diferenciado, que eleve à valorização do seu entorno. Sua correta localização e a programação de melhorias em pontos já existentes se traduzem em vantagens ao serviço de transporte coletivo por ônibus e ao tráfego em geral. Para os passageiros, os benefícios são bastante claros, pois lhes propiciam condições aceitáveis de conforto, segurança e confiabilidade”, ressalta.
O levantamento no centro histórico envolveu os pontos de parada localizados em vias como Assis de Vasconcelos, Gama Abreu, Tamandaré, Boulevard Castilhos França, Marechal Hermes, 1° de Março, Avenida Portugal, Dr. Assis, Dr. Malcher, Presidente Vargas, Padre Eutíquio, São Pedro, João Diogo, 16 de Novemro, 13 de Maio, Manoel Barata, entre outros. Foram avaliados aspectos como o ponto de parada em si, se há abrigo ou não (e, se há, em que condições está a estrutura), se ele está dotado de sinalização vertical e horizontal, como está a condição da calçada quanto a acessibilidade dos usuários, etc. Também foi avaliada se a localização corresponde à atual necessidade da população e o desempenho, que significa saber, entre outros aspectos, se a demanda leva à necessidade da divisão em paradas seletivas para melhor atender os usuários.
“No caso do centro histórico temos que ter um olhar mais apurado, trata-se de uma área mais delicada da cidade, porque não pode haver uma parada qualquer em todos os locais. Por ser uma área de patrimônio histórico, a instalação desses equipamentos tem que estar adequada às regras do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), e ainda, no caso do Ver-o-Peso também tem que haver um diálogo com a secretaria municipal de Economia (Secon)”, explica Jolivan Costa, da Divisão de Infraestrutura.
Os dados em fase de consolidação e análise por parte da equipe técnica da SeMOB já apontam algumas questões a receberem intervenção da prefeitura de Belém, como paradas com abrigos sem cobertura ou assentos, calçadas danificadas que dificultam o acesso, paradas em locais que já não comportam a demanda e até mesmo paradas seletivas com estruturas diferentes posicionadas uma ao lado da outra.
“Localizamos até três modelos de paradas distintas com proximidade entre si, quando o ideal é ter um modelo único, que gere imediata identificação do usuário e não cause poluição visual na paisagem”, detalha Marcus Vinícios da Costa, também membro da Divisão de Infraestrutura. A equipe técnica ainda contou com o trabalho de Paulo Lima e Regina Silva, todos servidores da SeMOB.
PILOTO
Este levantamento inicial servirá como piloto para a expansão do diagnóstico pela chamada primeira légua patrimonial de Belém, que envolve outras áreas e bairros da cidade. A intenção da SeMOB é pesquisar ao longo do ano a situação dos pontos de parada de toda a capital, incluindo a chamada área de expansão para Augusto Montenegro e Icoaraci, e as ilhas de Outeiro e Mosqueiro.
Atualmente existem 1.513 pontos de paradas de ônibus no município, sendo que desse total, 570 possuem abrigos, cuja implantação depende de requisitos como largura suficiente da calçada para ajustar o abrigo e ainda dar espaço para a circulação de pedestre, não ser instalado em uma área tombada pelo patrimônio histórico ou sobre piso tátil para deficientes visuais, não estar em frente às garagem, entre outros critérios. Locais em que há marquises nas calçadas ou toldos também não comportam abrigos de ônibus.
TEXTO: Esperança Bessa
FOTO: SeMOB/ divulgação
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