A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) realizou na manhã desta terça-feira, 24, mais uma operação nas calçadas de Belém. Desta vez a ação se concentrou na Travessa Félix Roque com Rua Coronel Fontoura, próximo ao Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém, no bairro da Cidade Velha. Durante a operação foram apreendidos oito veículos que estavam estacionados de maneira irregular.
A equipe de fiscalização da Semob foi até o local depois de inúmeras denúncias e reclamações realizadas pela população que transita diariamente na área. A ação foi muito elogiada pelos trabalhadores do entorno, como é o caso da costureira Luciane dos Santos. De acordo com ela, nada justifica que um motorista estacione em cima de calçadas. “Eu acho errado. E se tivesse um deficiente passando por aqui? Como ele andaria? Na pista? Eu acho que se a pessoa tem dinheiro pra comprar um carro, ela também pode ter pra pagar um estacionamento”, disse taxativa.
Consta no artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro que estacionar em calçada é uma infração grave, sujeita à multa de R$ 127,00 e remoção do veículo. Porém, mesmo com os esforços da Semob em coibir esse tipo de prática, existem pessoas que parecem não ligar para os transtornos que estão causando. De acordo com a secretária Liduina Vasconcelos existem pessoas que não estão acostumadas a pensar no bem comum, pois quando a fiscalização sai do local os motoristas voltam a cometer a mesma infração. “Todo dia é isso. Os guinchos vêm e recolhem os carros, mas eles (os motoristas infratores) não querem saber. Ainda tem uns que esperam o guincho passar e depois colocam de novo. É muito perigoso”, reclama.
No último sábado, 21, durante a primeira fase da Copa Verde, enquanto o Paysandu disputava o jogo com o Santos/AP, do lado de fora do estádio a fiscalização da Semob autuava e removia os veículos estacionados em lugar proibido. A operação resultou na apreensão de oito veículos que estavam estacionados na calçada da Avenida Almirante Barroso, causando transtorno aos cidadãos. “Eu estou andando no meio da rua porque nessa calçada não dá para caminhar”, reclamou o pedreiro Edmilson Rocha.
Os cidadãos eram unânimes em dizer que nada justifica que os motoristas ocupem as calçadas e que o comportamento é um costume dos maus condutores que insistem em querer estacionar apenas em locais bem próximos aos seus destinos, e quando não encontram uma vaga regular, escolhem estacionar em local proibido.
“Temos que andar no meio da rua, nos arriscando porque os motoristas não querem estacionar onde é permitido e ir andando para o seu destino. Um absurdo. Tem que remover mesmo os veículos da calçada”, completou o professor Luiz de Abreu.
Texto: Ricardo Miranda
Foto: João Gomes – NID Comus
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)
