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Terminal BRT em São Brás recebe painéis em grafite

515b3cfd-c14d-4324-b529-8896d9143e9aQuem passa pela avenida Almirante Barroso, próximo ao Terminal São Brás do Sistema BRT Belém, percebe que o espaço ganhou uma nova fachada. As paredes externas do local receberam ilustrações feitas em grafite, com painéis remetendo à época em que o transporte público era realizado por bondes.
A iniciativa partiu da Prefeitura de Belém, como forma de conservar o patrimônio público, que vinha sendo alvo de constantes pichações, e ainda valorizar esta forma de arte urbana, que faz parte da paisagem de diversas capitais. O responsável pela obra é o artista Pablo Ribeiro, natural de Santa Bárbara do Pará, e que trabalha há quatro anos como tatuador e cerca de 15 com grafitagem. Ele também foi responsável por fazer ilustrações em muros de outros órgãos públicos da capital, como colégios, secretarias, hospitais, postos dos Correios, entre outros.
A ideia da ilustração foi levantada pelo prefeito Zenaldo Coutinho e remete ao tipo de transporte que era realizado antigamente, contrastando com o que é oferecido hoje em dia, com diferenças significativas de formato, tamanho, espaço e velocidade. Além da beleza, portanto, os painéis permitem refletir sobre a história da mobilidade urbana na capital paraense.
De acordo com o titular da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB), Gilberto Barbosa, o trabalho feito no terminal, além de contribuir com a paisagem da cidade, auxilia na conservação do patrimônio.“Este é um projeto-piloto promovido pelo órgão pensando em evitar a depredação de estações e terminais BRT, além de paradas cobertas como um todo, que infelizmente são alvos frequentes de vandalismo e pichações, o que onera os cofres públicos com constantes manutenções”, destaca o superintendente.
Desde a concepção até a conclusão, o trabalho durou cerca de 15 dias e foi finalizado no final de maio, já durante o fechamento do Sistema BRT Belém em virtude da pandemia do novo coronavírus. Para fazer as obras, foi utilizada a aerografia, técnica em que um instrumento elabora pinturas e gravuras por meio da pulverização proveniente de uma fonte de ar comprimido, como compressor e pistolas. “Geralmente levo menos tempo para conclusão das obras, mas por conta das restrições de circulação do lockdown, precisei dar uma pausa no processo até que pudesse retomar a atividade”, conta o artista.
“É bem gratificante ver as pessoas admirando o seu trabalho. A pichação em si é um ato que enfeia a cidade, depreda espaços públicos e particulares, mas através do trabalho que venho fazendo conquistei um novo público, novas amizades e o reconhecimento da arte da grafitagem”, comemora Pablo.
Texto: Ricardo Miranda
Fotos:Hugo Tokiwitz
 

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