Ver-o-Peso terá interligação com malha cicloviária

• Atualizado há 4 anos ago
O Mercado do Ver-o-Peso, um dos principais pontos turísticos de Belém, completa 394 anos neste sábado, 27. Depois de passar por várias fases de sua história, o maior cartão postal da cidade vai estar, cada vez mais, inserido na rotina cultural e na mobilidade urbana da capital e a Prefeitura Municipal prepara vários projetos de melhoramento para o local, considerado o mais tradicional e mais visitado da capital paraense.
O espaço, que é tombado como patrimônio histórico, é formado por um complexo que envolve a feira, a Pedra do Peixe, Solar da Beira, além dos mercados Francisco Bolonha, onde é feita a venda de carnes, e o de Ferro, onde se comercializa o peixe. Ao todo, mais de mil comerciantes permissionários cadastrados pela Prefeitura de Belém atuam no complexo.
“O Ver-o-Peso é um lugar com a nossa cara, com nossos cheiros, nossos sabores, nossa gente. Um espaço edificado no passado, que tem a Pedra do Peixe, o Mercado de Ferro, o Solar da Beira, uma arquitetura que conta a nossa história de cara com baía do Guajará. Parabenizamos o Ver-o-Peso pelos seus 394 anos e muito mais pelo povo trabalhador que da feira tira seu sustento”, destaca o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.
Cultura – A atual gestão municipal iniciou um estudo para a implantação de um teatro popular no Solar da Beira, que funcionará como um espaço para oficinas de aprendizagem e apresentações populares.
“Será um local com oficinas de carimbó, onde a população poderá conhecer mais a nossa história, conversar com as pessoas que fazem parte daquele lugar. O Ver-o-Peso não é só uma feira, é um espaço de encontro dos paraenses, é o lugar dos peixes, das frutas e de outras preciosidades da nossa terra”, explica o arquiteto urbanista, José Andrade Raiol.
Professor de arquitetura em faculdades de Belém, José Raiol foi um dos responsáveis pelo projeto da grande reforma do Ver-o-Peso, realizada entre os anos de 1998 e 1999. Na época, o arquiteto era o titular da Secretaria de Urbanismo (Seurb) e participou de todo o processo que integrou a praça do Pescador à cidade, implantou o estacionamento da feira e instalou as lonas tencionadas na feira.
Mobilidade – Outro projeto em estudo para o Ver-o-peso, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), é a integração do complexo com a rede cicloviária de Belém, facilitando a mobilidade de feirantes e frequentadores.
“O Ver-o-Peso tem vários trabalhadores que utilizam o a bicicleta, principalmente, quem mora em bairros próximos como Jurunas, Condor e outros. O objetivo é que essas pessoas possam se deslocar desses pontos com a bicicleta”, esclarece José Raiol.
Texto: Victor Miranda (Comus)
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