Em 2016, o Ver-o-Peso, já conhecido entreposto que liga a produção das ilhas e de outros municípios a Belém, ganhará também um terminal de passageiros digno de uma cidade que completa 400 anos. O porto flutuante foi projetado com o que há de mais moderno na área, aos moldes de portos existentes em cidades como Amsterdã, que também tem estreita relação com a água, assim como Belém, mas sem abrir mão da identidade local. O projeto, fruto de uma parceria entre Prefeitura de Belém, via Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), e Governo do Estado, via Companhia de Portos e Hidrovias (CPH), foi aprovado pelo prefeito Zenaldo Coutinho e em breve será licitado.
O porto será construído sobre uma embarcação flutuante atracada na Praça do Pescador, será movido à energia solar e todo refrigerado. “É uma obra complexa, por se tratar de um flutuante, mas que segue os mais rígidos padrões de engenharia e será totalmente autossustentável”, destaca o presidente da CPH, Abraão Benassuly Neto. O projeto também dialoga com todo o complexo de revitalização planejado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o Ver-o-Peso.
“Este projeto foi feito junto ao Iphan, fizemos várias reuniões para chegarmos a uma compatibilização arquitetônica com o projeto que eles elaboraram para o mercado. Será, portanto, algo integrado a todo o complexo”, explica Maisa Tobias, superintendente da Semob. “Nossa equipe técnica também irá acompanhar toda a obra”, avisa Benassuly.
O trabalho conjunto da Semob e CPH resultou em um projeto básico e o termo de referência, que darão início ao processo licitatório para elaboração do projeto executivo, que deverá ocorrer em agosto. Se o cronograma correr dentro do esperado, as obras deverão ser iniciadas em novembro.
Outros portos – Durante a reunião, o prefeito Zenaldo Coutinho determinou o próximo trabalho conjunto entre Semob e CPH: a definição do projeto de revitalização dos portos da praça Princesa Isabel e de Cotijuba. “São portos com recursos federais aprovados, mas que ainda não têm previsão de serem liberados, então nós mesmos vamos fazer um trabalho nesses dois portos, que têm uma importância tão significante para o transporte de passageiros interligando Belém às ilhas”, explica Zenaldo.
A ideia é que em ambos haja um completo trabalho de urbanização no entorno e de adequação na área de embarque e desembarque, com obras a serem realizadas simultaneamente ao trabalho no porto do Ver-o-Peso. “Vamos entrar em obras com o porto de Mosqueiro também, então ao final desse trabalho teremos quatro portos – Ver-o-Peso, Mosqueiro, Cotijuba e Princesa Isabel – em condições dignas de receber a população e os turistas”, comemora o prefeito.
Texto: Esperança Bessa
Foto: Tássia Barros – Comus
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)