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Prefeitura implanta travessia com dispositivo sonoro para deficientes visuais na Conselheiro

69526_214553Quem transita diariamente pela travessa Padre Eutíquio, na altura da avenida Conselheiro Furtado, no bairro de Batista Campos, já deve ter notado uma pequena, mas significativa mudança na sinalização do local. É que a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) implantou recentemente uma faixa de travessia com dispositivo sonoro na Conselheiro Furtado, no trecho compreendido entre a travessa Padre Eutíquio e a rua dos Apinagés. A implantação da faixa foi necessária para que os estudantes da Escola de Educação Especial José Álvares de Azevedo, que há mais de 40 anos atende pessoas com limitações visuais, possam realizar a travessia com segurança.

Além de implantar a faixa de pedestres, a Semob também alterou o tempo do semáforo localizado no cruzamento. Por isso, o motorista que estiver na faixa da esquerda da Padre Eutíquio e quiser fazer a conversão para a Conselheiro Furtado deve ficar atento, pois deverá aguardar mais 20 segundos para que o pedestre faça sua travessia com segurança.

Com a nova sinalização e os semáforos, o cruzamento da Padre Eutíquio com Conselheiro Furtado também contou com uma ação conjunta entre os alunos da escola José Álvares de Azevedo e a divisão de educação para o trânsito da Semob, que abordou motoristas para informar sobre a nova sinalização e ditribuir panfletos informativos.

De acordo com o técnico em segurança e educação para o trânsito da Semob Manoel Pinheiro, entre os objetivos da ação estão não só alertar o condutor quanto à nova sinalização da área, mas também despertar no cidadão a consciência das dificuldades de locomoção que pessoas com deficiência possuem.

“A direção da escola estava bastante preocupada com a segurança dos alunos que precisam fazer a travessia nesse cruzamento. Ao chegarmos ao local constatamos que além dos próprios estudantes, há um grande fluxo de pedestres que utilizam a faixa. Infelizmente, ainda assim muitos motoristas impacientes estavam desrespeitando o tempo semafórico e se recusavam a aguardar o pedestre concluir a travessia. Por isso houve a necessidade de realizarmos a ação educativa. O tempo do sinal não é tão longo para trazer transtornos ao condutor, mas é muito importante para preservar a segurança do pedestre”, explicou Pinheiro.

Para Franciele Freire, professora de orientação e mobilidade, despertar a sensibilização é essencial para que, não só os alunos, mas todos que possuem algum tipo de deficiência se sintam incluídos na sociedade. “Iniciativas como essa da Semob são muito importantes para que a sociedade, de modo geral, tenha conhecimento de que pessoas com deficiência também têm o direito de ir e vir”, disse.

Texto: Ricardo Miranda
Foto: João Gomes / COMUS
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)