O que você procura?

Semana Nacional do Trânsito segue com espaço de interação em circuito montado pela SeMOB

Circuito Bike Inclusiva, jogos de educação para o trânsito, oficina de pintura, dança, feirinha de artesanato e muita interação. Tudo isso no espaço inclusivo que a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB) montou dentro da programação alusiva à Semana Nacional do Trânsito. O evento marcou ainda o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que transcorreu nesta terça-feira, 21. As atividades foram realizadas no espaço coberto do IT Center, de 9 às 12 horas, mas a feirinha se estendeu até as 17 horas.

O espaço foi montado em parceria com o projeto Bike Inclusiva e contou com um circuito montado com a utilização de cones, fitas e pneus. O projeto idealizado pelo professor Ivan Arruda Junior ensina as pessoas com alguma deficiência a andar de bicicleta, com segurança. “O projeto Bike Inclusiva surgiu com a utilização da bicicleta como ferramenta de desenvolvimento pedagógico, psicopedagógico, terapêutico, social e de inclusão”, explicou o professor, que é especialista em educação especial inclusiva e trabalha em média com 52 alunos, no Porto Futuro. 

Segundo Ivan Arruda, a inclusão dessa atividade na programação da SNT foi fundamental. “Agradeço essa oportunidade dada pela  SeMOB  que nos colocou pra fazer esse trabalho, mostrando que todos são capazes, todos podem ser inclusos  todos e podem fazer a diferença”, disse.

Na programação, 35 alunos do projeto participaram do circuito, além de alunos do Colégio Impacto que foram conferir o circuito montado no local. Ao todo, 88 pessoas participaram entre alunos, mães e expositoras, além da população flutuante, que prestigiou a ação e visitou a feirinha.

Para a chefe de Divisão de Educação para o Trânsito, Tatiane Pinheiro, a importância de incluir o projeto na programação em parceria com outras ONGs e com o projeto Bike Inclusiva, representa inclusão e socialização. “Até porque o trânsito é feito para todos e essa é uma forma da integrar essas crianças PCD com outras, já que o espaço foi aberto a todos que queriam aprender a andar de bicicleta”, declarou.

Tatiane Pinheiro explicou que a programação foi montada com circuito de bike, jogos educativos, pinturas e a feirinha de artesanato com a participação das Organizações Não Governamentais (ONGs) e com as mães que estão nessa luta há muito tempo, divulgando  a causa  do autismo e demais PCDs  ofertando produtos, alguns adaptados e outros que são feitos por crianças autistas. “O espaço foi feito com muito carinho”, concluiu.

A feira de produtos artesanais contou  com expositores das lojas colaborativas Grupo Mundo Azul, a Organização Não Governamental Mães Guerreiras do Pará e a Associação de Mães e Amigos dos Autistas do Pará (AMAAP), além de mães  ligadas ao projeto  Bike  Inclusiva. Elas vendem, dentre outros produtos artesanais, brinquedos educativos, materiais adaptados e pedagógicos, além de difundirem informações sobre o assunto.

A pedagoga Ana Patrícia Vasconcelos, uma das expositoras da feirinha de artesanato, explicou que a ONG Mundo Azul, estava participando com a loja colaborativa, um dos projetos da ONG. Segundo ela, é um espaço para a venda dos produtos e ajudar na renda de mães de pessoas com deficiência (PCD) como autistas e síndrome da down, entre outros. Também é um espaço de divulgação da causa autista. Segundo ela, muitas mães abandonam seus empregos para cuidar dos filhos quando são diagnosticados. “É uma forma de reinseri-las no mercado de trabalho”, disse. Márcia Nóbrega estava expondo os trabalhos da filha Carolina Nóbrega, de 32 anos, que é autista e down.

Jaqueline Américo vende bolsas e tapetes de material reciclável. Ela e a irmã participam do projeto Bike Inclusiva. Lea Gonçalves e Laura Cardoso participam da ONG Mulheres Guerreiras e reforçam a importância de divulgar a causa e espaços como esse oferecido pela SeMOB, que para elas é fundamental. Ambas são ativistas e buscam ajudar mães que lutam pelo diagnóstico e tratamento dos filhos. Para Lea Gonçalves essa rede busca ajudar e a orientar essas mães. “O importante é a informação”, enfatizaram.

Quem aprovou mesmo espaço inclusivo foi a turma do professor Ivan. Eles adoraram a experiência. Andaram de bicicleta no circuito e participaram de atividades como pintura e jogos educativos para o trânsito.  Antônio Paulo Medeiros Martins de Melo gostou de tudo. Só achou o circuito muito pequeno. Gabriel Francisco Rolim dançou bastante. Emelly da Silva Barbosa, tem 17 anos e foi o show à parte: dançou Kalipso com o professor  da academia e com os colegas.

Texto: Leonardo Fernandes

Foto: Ascom SeMOB