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Sesma apresenta número de acidentes de trânsito e debate soluções de segurança

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Dentro da programação do Maio Amarelo, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio do Programa Vida no Trânsito (PVT), apresentou nesta segunda-feira, 07 durante o Encontro Interinstitucional de Gestores, dados atualizados da Lista Única de Vítimas (LUV), com base nos bancos de dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros e pelo SAMU 192, que registra as vítimas de acidente de trânsito na capital.
Em 2017, no primeiro trimestre, foram registradas 2.204 vítimas de acidentes no trânsito, sendo a maioria do sexo masculino e na faixa etária de 20 a 49 anos. Os dados apontam ainda que os acidentes são mais comuns aos finais de semana e no período da tarde, mas os casos de maior gravidade acontecem, em geral, no período noturno. Os motociclistas e os pedestres são as maiores vítimas do trânsito. Já os idosos são as principais vítimas de atropelamento.
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De acordo com Maisa Gomes, coordenadora do Programa Vida no Trânsito e da Referência Técnica de Morbimortalidade por Acidentes e Violências, os dados são preocupantes e têm impactos econômicos e sociais e são sentidos diretamente nos serviços de saúde, com o aumento do número de leitos ocupados por vítimas oriundas de acidente de trânsito. “Em 2017, foram gastos mais de R$1,5 milhão com internação de pessoas que sofreram acidente. O custo maior é com os motociclistas. É uma realidade que precisa ser mudada com atitudes individuais em prol de um trânsito mais seguro, visto que os levantamentos apontam que o principal fator de risco para os acidentes na nossa capital é o excesso de velocidade, algo em torno de 89%”, afirma Maisa, que ressalta ainda que nos últimos cinco anos foram registrados 1282 óbitos no trânsito de Belém.
Ainda no levantamento feito pelo PVT, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) apresentou como faz o estudo para a implantação de radares, serviço este que leva em consideração a taxa de acidentes em uma determinada via. Como pontos críticos, os dados apontam as avenidas Augusto Montenegro, Almirante Barroso, Júlio César, Senador Lemos e Duque de Caxias. Essas vias juntas somam quase dois mil acidentes.
Para reduzir esses dados, representantes da Sesma e de órgãos presentes (OAB, Ministério da Saúde, Ministério Público, Sespa, Semob, Corpo de Bombeiros e Conselho Municipal de Saúde) propuseram medidas para educação no trânsito e melhorias no levantamento de dados para que sejam mais qualificados, como investimento em educação de trânsito nas escolas, campanhas educativas e melhoria de sistemas para banco de dados. “Nosso objetivo principal é que as pessoas tenham atitudes responsáveis e que as ações estimulem a mudança de comportamento da população de Belém em relação às medidas de segurança no trânsito”, afirma Leonardo Lobato, assessor técnico da Sesma, na ocasião representando o secretário municipal de saúde, Sérgio Figueiredo.
A programação do Maio Amarelo continua com  ação educativa envolvendo SeMOB e Vida no Trânsito (Sesma)  no decorrer do mês.
MAIO AMARELO – é o mês para alertar a sociedade sobre o aumento da violência no trânsito. A cor amarela foi escolhida para a causa por ser representativa de atenção nos semáforos, levando ao objetivo do evento, que é chamar a atenção de toda a sociedade para o trânsito seguro. Assim, busca-se atingir a meta de reduzir a ocorrência de acidentes de trânsito. Já a escolha do mês de maio deu-se em referência ao fato da Organização das Nações Unidas (ONU) ter decretado, em maio de 2011, a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”, além de ser o mês em que acontece a Semana Mundial de Segurança do Pedestre, conhecida como Campanha Zenani Mandela, em memória à neta de Nelson Mandela.

Por Paula Barbosa
Fotos: João Gomes